Aneel define bandeira amarela para tarifas de energia em maio

Custo adicional será de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos, alerta agência

Por Plox

27/04/2025 07h40 - Atualizado há cerca de 22 horas

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (25) a adoção da bandeira tarifária amarela para o mês de maio, trazendo um impacto direto na conta de luz dos brasileiros. A medida implica em um custo adicional de R$ 1,885 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.


Imagem Foto: Pexels


A decisão da Aneel ocorre em meio à redução das chuvas, consequência da transição para o período seco do ano. A agência destacou que as previsões de precipitação e o volume de vazões nas regiões dos principais reservatórios indicam índices abaixo da média esperada para os próximos meses.



A expectativa de elevação no valor da energia já vinha sendo apontada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que, no mês passado, previa a necessidade de aplicação da bandeira amarela em todos os cenários considerados. Especialistas ouvidos pelo Broadcast Energia também alertaram desde fevereiro sobre o risco de acionamento das bandeiras tarifárias, devido à piora nas condições climáticas previstas.



Desde dezembro de 2024, a bandeira verde estava em vigor, refletindo as boas condições de geração de energia proporcionadas pelas chuvas do período úmido. No entanto, com o agravamento do cenário hidrológico, a Aneel antecipa um possível aumento na ativação de usinas termelétricas, cuja energia é notoriamente mais cara.


O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) realiza avaliações mensais para definir o custo variável da geração de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos e a necessidade de acionamento de fontes alternativas mais onerosas. A arrecadação obtida por meio da bandeira tarifária é destinada justamente ao pagamento desses custos adicionais.


Vale lembrar que, no segundo semestre de 2024, o Brasil enfrentou uma seca histórica, o que forçou a Aneel a acionar, em setembro, a bandeira vermelha patamar 1 – um fato que não ocorria há mais de três anos.
Além do risco hidrológico, o aumento no Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) também influenciou na decisão pela tarifa mais alta naquela ocasião.

Com o novo cenário, a expectativa é de que os consumidores adotem medidas para economizar energia e, assim, minimizar o impacto da tarifa amarela em suas contas no mês de maio.


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