Aos 25 anos, mineira é nomeada a juíza federal mais jovem do Brasil
Luísa Militão, de Inhapim, conquista aprovação no TRF1 e realiza sonho da magistratura
Por Plox
27/04/2025 13h54 - Atualizado há cerca de 17 horas
Natural de Inhapim, cidade localizada na região leste de Minas Gerais, Luísa Militão Vicente Barroso alcançou um marco notável ao se tornar a juíza federal mais jovem do Brasil, assumindo o cargo aos 25 anos.

Formada em Direito pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Luísa relatou que sua aprovação em segundo lugar no concurso do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília, representa a concretização de um sonho de vida.
A trajetória da magistrada começou cedo: aos 16 anos, deixou a cidade natal para cursar o ensino médio no Colégio de Aplicação da UFV (Coluni/UFV). No ano seguinte, ingressou na universidade e passou a manter uma disciplina rigorosa, dividindo seu tempo entre a graduação e a preparação para concursos públicos.
Antes de conquistar a vaga no TRF1, Luísa já havia sido aprovada para o cargo de promotora de justiça no Ministério Público da Bahia (MPBA) e para a Defensoria Pública de Minas Gerais. Em outubro de 2024, após um processo seletivo que durou um ano e meio, ela tomou posse como juíza.
Após se formar aos 21 anos, Luísa conciliou o trabalho na Promotoria de Justiça de Inhapim com os estudos para concursos. Mesmo enfrentando dificuldades e não avançando nas fases finais dos certames do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), ela não desistiu. Mudou a estratégia: dedicava oito horas diárias de estudo em videoaulas, de segunda a sexta-feira, e realizava simulados nos finais de semana.
Em 2022, após se casar e se mudar para Vitória da Conquista, na Bahia, precisou se adaptar a tantas mudanças, mas seguiu firme na preparação.
A perseverança foi uma marca de sua trajetória. Em uma das fases do concurso para o MPBA, o tempo reduzido de experiência prática quase comprometeu seu sucesso. No TRF1, a reprovação na sentença criminal, por apenas 0,57 ponto, foi um dos momentos mais difíceis. \"Foi o meu pior momento na trajetória dos concursos\", confessou nas redes sociais.
Com o recurso aceito, Luísa prosseguiu para a prova oral, sendo aprovada em segundo lugar geral e coroando sua jornada com a nomeação como a juíza federal mais jovem do país.