Lula sanciona lei que autoriza tornozeleiras para agressores de mulheres

Nova legislação prevê monitoramento eletrônico e botão de pânico para vítimas

Por Plox

27/04/2025 22h10 - Atualizado há cerca de 9 horas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou na última quinta-feira (24) uma nova legislação que permitirá o monitoramento eletrônico de homens acusados de agredir mulheres.


Imagem Foto: Presidência


De autoria do deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), a Lei 15125/2025 estabelece que agressores possam ser vigiados por tornozeleiras eletrônicas, garantindo que respeitem a distância mínima imposta pelas medidas protetivas. Caso o agressor tente se aproximar da vítima, tanto a mulher quanto a polícia receberão alertas imediatos.



Durante o evento de sanção no Palácio do Planalto, Lula destacou a importância do avanço no combate à violência contra a mulher. Em seu discurso, afirmou:
Nem sempre a violência contra a mulher é aquela que aparece na carne. Muitas vezes, a questão psicológica é muito mais profunda. E o que está se fazendo aqui, nesses três projetos de lei, não vamos consertar a humanidade, mas é um passo muito importante para que o Brasil prove ao seu próprio povo e para que o Brasil sirva de exemplo a outros países

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A medida modifica a Lei Maria da Penha, adicionando o recurso de \"monitoramento eletrônico\" entre as medidas protetivas de urgência. Além disso, será disponibilizado um dispositivo, em formato de aplicativo de celular chamado \"botão do pânico\", que permitirá que a vítima acione a polícia em casos de aproximação indevida.



Apesar da nova legislação, episódios recentes envolvendo figuras públicas chamaram atenção. O filho mais novo do presidente, Luis Claudio Lula da Silva, foi acusado de violência doméstica no ano anterior pela médica Natália Schincariol. No entanto, ele não foi indiciado, já que a Polícia Civil de São Paulo concluiu que não havia provas suficientes para prosseguir com o processo.



A nova lei simboliza um passo relevante no fortalecimento das medidas de proteção às mulheres brasileiras, buscando não apenas coibir, mas também prevenir a violência doméstica por meio de tecnologias de vigilância e resposta rápida.


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