Justiça decide que Adélio Bispo não pode ser preso por considerá-lo inimputável

Por Plox

27/05/2019 22h58 - Atualizado há mais de 5 anos

O autor da facada a Jair Bolsonaro, Adélio Bispo de Oliveira, não poderá ficar preso pela tentativa de assassinato em setembro do ano passado, porque, segundo médicos psiquiatras, ele tem problema mental. A decisão pela liberdade foi da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). A Justiça o qualificou como inimputável, ou seja, que não tem capacidade legal de responder pelos seus atos. O resultado de peritos atestou que Adélio é portador de Transtorno Delirante Persistente, que é um distúrbio que causa desconfiança irreal dos outros ou sensação de perseguição (paranoia).

Adélio

Adélio Bispo não poderá ser preso- Foto: PMMG


Peritos compostos por uma psiquiatra assistente técnica de Bolsonaro e outra profissional contratada pela defesa de Adélio foram nomeadas pela Justiça para avaliar o acusado e chegaram ao consenso de que ele é portador do distúrbio. "Todos os profissionais médicos psiquiatras que atuaram no feito, tanto os peritos oficiais como os assistentes técnicos das partes, foram uníssonos em concluir ser o réu portador de Transtorno Delirante Persistente", informou a sentença. Desde o ano passado, os advogados do autor entraram com pedido para avaliação da saúde mental dele, inicialmente negado pela Justiça.  Os autos do processo estão com vista para o Ministério Público Federal e o próximo passo deve ser a intimação do assistente de acusação e da defesa de Adélio.

O fato
A tentativa de assassinato aconteceu no dia 6 de setembro de 2018, quando o então candidato à presidência Jair Bolsonaro estava em um ato de campanha em Juiz de Fora. Ele era carregado nos ombros por apoiadores quando o autor se aproximou e o feriu na barriga, sendo levado à Santa Casa de Misericórdia da cidade e passou por cirurgia. Na ocasião, ele teve que interromper a campanha por cerca de um mês. Adélio é servente de pedreiro e morador de Juiz de Fora. Segundo a Polícia Militar de Minas Gerais, o agressor já tem antecedentes criminais. Em 2013 ele foi detido por lesão corporal grave.
 

Atualizada às 9h53

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