Inquérito sobre Paulo Pimenta arquivado pela PGR

Em resposta às alegações, a defesa de Paulo Pimenta argumentou que o imóvel é de propriedade conjunta dele e de sua esposa

Por Plox

27/05/2023 16h33 - Atualizado há cerca de 2 anos

A Procuradoria-Geral da República (PGR), encabeçada por Lindôra Araújo, vice-procuradora-geral, pôs fim à investigação potencial contra o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, alegando insuficiência de indícios de dolo ou participação em ilícitos penais.

 

 

Foto: Reprodução

Acusações de Omissão de Patrimônio Imobiliário

Paulo Pimenta foi alvo de acusações por um grupo de deputados do PL, União Brasil, Podemos e Novo, que o acusavam de não incluir na declaração de bens entregue à Justiça Eleitoral um imóvel situado no Lago Norte, área de alto padrão na capital do país. De acordo com os denunciantes, Pimenta adquiriu a propriedade em 2013 por R$ 1,6 milhão e não a incluiu nas declarações de patrimônio dos anos de 2014, 2018 e 2022, períodos em que se candidatou e foi eleito deputado federal.

PGR: Falta de Indícios de Dolo e Danos à Fé Pública

Entretanto, a vice-procuradora-geral Lindôra Araújo, na análise do caso, concluiu que as acusações careciam de "elementos que indicam dolo" por parte do ministro. Ela argumentou que a alegação de "abalo relevante da fé pública" não se sustenta, uma vez que o imóvel foi devidamente declarado no Imposto de Renda da esposa de Pimenta.

A Procuradoria-Geral sustentou que uma investigação formal só seria justificada caso fosse demonstrada a "existência de indícios mínimos da participação ativa e concreta do titular da prerrogativa em ilícitos penais".

Posicionamento da Defesa

Em resposta às alegações, a defesa de Paulo Pimenta argumentou que o imóvel é de propriedade conjunta dele e de sua esposa e que este foi devidamente declarado à Receita Federal na declaração da esposa. Além disso, o não aparecimento do imóvel na declaração entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ocorreu porque o então deputado seguiu as diretrizes do PT acerca da prestação de contas.

A residência em questão foi palco de importantes eventos políticos, como o encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ministros do governo e lideranças do Congresso, em março, onde discutiram a governabilidade no parlamento.

Deputados Denunciantes

A denúncia à PGR veio de um grupo de deputados: Dr. Frederico (Patriota-MG), Kim Kataguiri (União-SP), Luiz Lima (PL-RJ), Luiz Phillipe de Orleans e Bragança (PL-SP), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Maurício Marcon (Podemos-RS) e Rosângela Moro (União Brasil-SP).

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