Adolescente de 15 anos liderava grupo investigado por apologia ao nazismo em 12 estados

Operação Mão de Ferro 2 apreende jovens suspeitos de crimes cibernéticos graves contra crianças e adolescentes; mandados cumpridos em MG e mais 11 estados

Por Plox

27/05/2025 12h06 - Atualizado há 1 dia

Dois adolescentes, de 15 e 16 anos, foram apreendidos nesta terça-feira (27) em uma ação coordenada pela Polícia Civil de Mato Grosso, batizada de Operação Mão de Ferro 2. A ofensiva teve como foco o combate a crimes cibernéticos praticados contra crianças e adolescentes, com atuação em doze estados brasileiros.


Imagem Foto: Polícia civil MT


Segundo as investigações, o jovem de 15 anos era o líder do grupo e já havia sido alvo de outras duas operações por promover automutilação entre jovens e por apologia ao nazismo. Os mandados, que incluem busca e apreensão, prisão temporária e internação socioeducativa, foram executados em cidades de Minas Gerais, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Rio Grande do Sul, Sergipe e São Paulo.



As ações ocorreram especificamente em Sete Lagoas e Caeté (MG), Manaus e Uruçará (AM), Mairi (BA), Fortaleza e Itaitinga (CE), Serra (ES), Sinop e Rondonópolis (MT), Aquidauana (MS), Marabá, Barcarena, Canaã dos Carajás e Ananindeua (PA), Oeiras (PI), Lajeado (RS), São Domingos (SE), além de diversas cidades paulistas como São Paulo, Guarulhos, Porto Feliz, Itu, Santa Isabel e Altair.



A operação foi conduzida em parceria com o Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). O grupo investigado é acusado de utilizar plataformas como WhatsApp, Telegram e Discord para espalhar conteúdos violentos, incentivar comportamentos autodestrutivos, ameaçar vítimas e divulgar materiais de abuso sexual infantil.


Entre os crimes apurados estão: indução à automutilação e suicídio, perseguição, ameaças, produção e compartilhamento de imagens de abuso sexual, apologia ao nazismo e invasão de sistemas, com acesso ilegal a bancos de dados públicos. As penas combinadas podem ultrapassar 20 anos de reclusão, além de multas.



Os investigados poderão responder pelos seguintes crimes: incentivar automutilação ou suicídio (pena de 2 a 6 anos, podendo dobrar se a vítima for menor), perseguição (pena de 6 meses a 2 anos, com agravante), ameaça (1 a 6 meses ou multa), compartilhamento de imagens de abuso sexual infantil (3 a 6 anos), armazenamento de tais imagens (1 a 4 anos), e apologia ao nazismo (2 a 5 anos).


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