Durante fala no Senado, Pacheco defende Propag e elogia Tadeuzinho

Senador mineiro reforçou necessidade de união política por adesão de Minas ao programa e evitou polêmicas sobre a dívida do estado

Por Plox

27/05/2025 18h48 - Atualizado há 3 dias

Durante sessão no Plenário do Senado, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) usou seu tempo de fala para defender a adesão de Minas Gerais ao Propag (Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados), projeto de sua autoria. A fala ocorreu no mesmo horário em que uma audiência pública sobre o tema acontecia na Câmara dos Deputados, sem a presença dele e do presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Martins Leite (MDB), embora ambos tivessem sido anunciados.


Imagem Foto:Edilson Rodrigues/Agência Senado


Pacheco evitou responsabilizações pela dívida estadual, estimada em R$ 168 bilhões, e reforçou que o foco deve ser a busca por soluções conjuntas. “Todos nós somos responsáveis pela solução, pouco importando quem são os responsáveis pela geração do problema”, declarou. Ele também criticou a prática de imputar culpas em discussões políticas e afirmou que é necessário construir pontes em vez de apontar dedos.



Ao longo do discurso, o senador mencionou nomes de diferentes campos políticos, como o presidente Lula (PT), o governador Romeu Zema (Novo), o vice-governador Mateus Simões e o próprio Tadeuzinho. Enfatizou que, como senador por Minas Gerais, é seu dever unir forças com todos os envolvidos no problema da dívida do estado. Ele classificou Tadeu Leite como um dos precursores da criação do Propag, destacando sua postura de liderança na busca por alternativas ao Regime de Recuperação Fiscal.



Enquanto Pacheco falava no Senado, a ALMG realizava sessões que definiram a votação, em primeiro turno, do texto-base de adesão ao Propag para esta quarta-feira, 28 de maio. Segundo o senador, o momento atual exige negociação entre estado e União, com a mediação das assembleias estaduais. Ele alertou para a necessidade de análise criteriosa das contrapartidas exigidas pelo programa, como a entrega e valoração de ativos públicos.


Pacheco também fez um apelo por espírito público e respeito entre os atores políticos de Minas, pedindo que se deixem de lado divergências ideológicas e eleitorais. Citou inclusive a reunião da bancada federal mineira sobre o tema, idealizada pelo deputado Rogério Correia (PT-MG), da qual também não participou.


Na audiência realizada na Câmara, o deputado Professor Cleiton (PV) representou Tadeuzinho, e o vereador Wagner Ferreira (PV), também participou, destacando que o Propag foi uma alternativa construída em oposição ao que defendia o governo Zema. O programa, que permite refinanciamento da dívida em até 30 anos sem restrições orçamentárias, foi aprovado com ampla maioria no Senado e é visto como uma saída à crise fiscal vivida pelo estado.


Destaques