Trump acusa Putin de arriscar guerra mundial e Kremlin rebate com ameaça
Após bombardeios russos recordes contra a Ucrânia, presidente dos EUA diz que líder russo está 'brincando com fogo'; Moscou responde com alerta sobre Terceira Guerra Mundial
Por Plox
27/05/2025 20h54 - Atualizado há 1 dia
Durante um pronunciamento nesta terça-feira (27), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que o líder da Rússia, Vladimir Putin, está “brincando com fogo” ao conduzir suas ações na guerra contra a Ucrânia.

A declaração de Trump veio na esteira de um fim de semana marcado pelos maiores bombardeios aéreos desde o início do conflito, com 367 drones e mísseis sendo lançados no domingo (25), seguidos por 355 ataques apenas com drones na segunda-feira (26).
Poucas horas após as palavras do presidente americano, o Kremlin reagiu de forma contundente. Dmitry Medvedev, uma das principais figuras da segurança nacional russa, publicou em uma rede social um aviso que ressoou globalmente:
“Só conheço uma coisa realmente ruim: a Terceira Guerra Mundial”
No fim de semana, Trump já havia se referido a Putin como “louco”, afirmando que conhece o presidente russo, mas que “algo aconteceu com ele”. Ele também relembrou uma cobrança feita meses antes: “Vladimir, PARE!”. Apesar das declarações duras, Trump segue afirmando que encerraria a guerra “em 24 horas”, promessa que ainda não se cumpriu desde sua volta ao poder.

A retórica entre os dois países se intensificou ainda mais com as acusações de Moscou. O Kremlin responsabilizou a Ucrânia pela escalada do conflito, acusando o país de provocar uma reação ao intensificar bombardeios em território russo. O porta-voz Dmitry Peskov afirmou que tais ações contrastam com qualquer intenção de paz e que a Europa participa indiretamente da guerra ao fornecer armas a Kiev.
O apoio europeu, inclusive, ganhou novo capítulo nesta semana. Na segunda-feira (26), aliados do continente autorizaram oficialmente o uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia para atingir alvos dentro da Rússia, conforme anúncio do chanceler alemão, Friedrich Merz. A decisão segue sinalizações anteriores dos Estados Unidos e do Reino Unido, que, ainda no fim de 2024, haviam liberado o uso limitado desses armamentos por parte dos ucranianos.
As reações, tanto diplomáticas quanto militares, mostram um cenário de crescente tensão, com líderes globais trocando acusações e ameaças. O mundo acompanha com apreensão os desdobramentos de um conflito que ameaça extrapolar fronteiras e envolver diretamente as principais potências internacionais.