Superando depressão e obesidade, técnica de enfermagem do Rio vira triatleta e inspira com mais de 150 medalhas

Mariana Donato Melo transforma vida com esporte e se torna triatleta, perdendo quase 40 kg e ganhando saúde e autoestima

Por Plox

27/06/2024 10h31 - Atualizado há 2 meses

Uma moradora da Zona Oeste do Rio de Janeiro transformou sua vida ao superar a depressão e a obesidade mórbida, tornando-se triatleta.

Foto: Reprodução/TV Globo

Mariana Donato Melo, técnica de enfermagem, enfrentava uma batalha diária contra a obesidade e a depressão, alimentando uma obsessão por comida e levando uma vida sedentária. "Me escondia das câmeras porque não me sentia bem com meu corpo, comigo mesma, não me aceitava. Eu tive uma depressão, eu cheguei bem no fundo do poço", desabafa Mariana.

A mudança começou há dez anos, motivada pelo desejo de ser um exemplo para seu filho Arthur, que na época tinha apenas quatro anos. "Eu não queria que ele tivesse uma mãe doente, depressiva, triste."

A virada aconteceu quando, a caminho do trabalho, observou pessoas correndo no Aterro do Flamengo. "Eu estava indo para o trabalho dentro do ônibus, em Botafogo. Eu vi pessoas correndo no Aterro do Flamengo e aquilo mexeu comigo. Eu entendi que eu não era para estar ali triste dentro do ônibus. Eu tinha que estar ali correndo com aquelas pessoas. Foi a minha virada de chave."

Determinada a mudar, Mariana transformou a sala de sua casa em uma academia. Aos poucos, ela começou a correr, nadar e pedalar, perdendo quase 40 kg ao longo da década. Nesse período, acumulou mais de 150 medalhas, incluindo maratonas e ultramaratonas.

A superação dos desafios mais difíceis, como a Maratona do Rio, é especialmente gratificante para Mariana. "Eu tinha muito medo da Maratona do Rio. Era um fantasma pra mim. E quando eu concluí, que eu cruzei a linha de chegada, 42 km, foi surreal."

Além de seus treinos rigorosos, Mariana aproveita cada oportunidade para manter o condicionamento, frequentando a Praia do Pontal, no Recreio, para se exercitar ao ar livre. Nem mesmo o mau tempo a impede; em dias de chuva, ela pedala por horas dentro de casa.

Prestes a se formar em educação física e agora também professora de natação, Mariana encarou recentemente o desafio de correr a Maratona de Paris, cidade que sediará os Jogos Olímpicos no próximo mês. Ela acredita firmemente que o esporte salvou sua vida.

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