Acusado de financiar atos de 8 de janeiro é julgado pelo STF; Moraes sugere 17 anos de prisão

Pedro Luís Kurunczi, que teria custeado transporte de manifestantes de Londrina a Brasília, é o primeiro a ser julgado por financiamento

Por Plox

27/06/2025 13h50 - Atualizado há 11 dias

O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início nesta sexta-feira (27) ao julgamento de Pedro Luís Kurunczi, morador de Londrina (PR), acusado de financiar os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Kurunczi é apontado como responsável por custear o transporte de manifestantes para Brasília, sendo o primeiro réu a ser julgado por financiamento desses eventos.


Imagem Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil


Segundo a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Kurunczi teria fretado quatro ônibus, ao custo de R$ 59 mil, que transportaram 153 pessoas de Londrina para a capital federal. As investigações indicam que ele participou ativamente da organização e arregimentação de pessoas para a prática dos crimes, além de integrar grupos de mensagens com teor golpista, incitando a população e as Forças Armadas a contestar o resultado das eleições de 2022 e a destituir o presidente eleito.



A PGR destaca que, de forma consciente e voluntária, o acusado apresentou à empresa contratada os dados de 108 passageiros. Entre eles, estava Orlando Ribeiro Júnior, preso em flagrante no Palácio do Planalto durante os atos de depredação. Kurunczi responde por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, crimes que, somados, podem ultrapassar 30 anos de reclusão.



O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, votou pela condenação de Kurunczi a 17 anos de prisão. O julgamento ocorre no plenário virtual do STF e será encerrado em agosto, após o recesso do Judiciário. A defesa do acusado alega que ele apenas frequentou protestos pacíficos em frente ao Tiro de Guerra de Londrina e que concordou em fazer uma tomada de preços para fretar os ônibus, negando envolvimento nos crimes imputados.



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