“Faria tudo de novo”, diz adolescente que matou pai, mãe e irmão de 3 anos

Jovem de 14 anos afirma que repetiria o crime contra os pais e o irmão de 3 anos; frieza surpreende investigadores

Por Plox

27/06/2025 06h31 - Atualizado há 4 dias

O depoimento de um adolescente de 14 anos à Polícia Civil do Rio de Janeiro trouxe à tona uma declaração que causou perplexidade até mesmo entre os investigadores mais experientes. O jovem, que matou o pai, a mãe e o irmão de apenas 3 anos, afirmou que não se arrepende do crime e que o cometeria novamente, caso tivesse a chance.


Imagem Foto: Divulgação


O triplo homicídio aconteceu na madrugada de 21 de junho, em Itaperuna, no noroeste fluminense. Os corpos das vítimas foram localizados apenas no dia 25, dentro de uma cisterna nos fundos da casa da família. A descoberta só foi possível após a avó do adolescente procurar a polícia devido ao sumiço dos familiares. O jovem havia tentado justificar o desaparecimento alegando que os pais levaram o irmão ao hospital.



Durante o interrogatório, ele detalhou como se preparou para a ação: ingeriu um energético para se manter acordado e, durante a madrugada, pegou a arma de fogo que o pai guardava debaixo do colchão. Com ela, matou primeiro o pai com um tiro na cabeça, depois a mãe e, por fim, o irmão, atingido no pescoço. As três vítimas estavam dormindo no mesmo quarto, onde compartilhavam o ar-condicionado.



De forma calculada, o jovem arrastou os corpos e os jogou na cisterna. Nos dias seguintes, mesmo diante das perguntas de vizinhos e parentes, ele sustentou a versão de que a família havia saído por causa de um problema de saúde do irmão. Contudo, a história começou a ruir quando um tio ouviu a confissão do adolescente e alertou a polícia. Na delegacia, ele repetiu o relato com uma tranquilidade impressionante.
“Ele conversou de boa, frio, com respostas rápidas. Indagado por um investigador se voltaria no tempo, ele disse que não se arrependeu e que faria tudo de novo”,

contou o delegado Carlos Augusto Guimarães, responsável pelo caso.


As investigações agora buscam entender se houve influência externa. O adolescente mantinha, desde os 8 anos, um relacionamento virtual com uma garota do Mato Grosso do Sul, conhecido por meio de um jogo online. A jovem também está sendo ouvida pela Polícia Civil daquele estado. Além disso, os aparelhos eletrônicos do garoto, como o celular e o computador, estão sob análise pericial para verificar possíveis trocas de mensagens que tenham influenciado ou encorajado a ação.



O adolescente foi apreendido em flagrante e responderá por ato infracional análogo a triplo homicídio e ocultação de cadáver. A investigação segue em andamento e o caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público.


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