Moraes cita Hitler e endurece contra acampamentos

Ministro do STF proíbe barracas próximas à Praça dos Três Poderes e compara omissão a política pré-Segunda Guerra

Por Plox

27/07/2025 10h32 - Atualizado há 5 dias

A recente manifestação de dois deputados federais em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, provocou uma reação dura do ministro Alexandre de Moraes. Hélio Lopes (PL-RJ) e Coronel Chrisóstomo (PL-RO) montaram barracas em frente ao STF como forma de protesto simbólico, mas a iniciativa foi rapidamente reprimida após decisão judicial.


Imagem Foto: STF


Na decisão, Moraes determinou que qualquer acampamento seja proibido em um raio de 1 km da Praça dos Três Poderes. Ele destacou que a medida se baseia na necessidade de preservar a ordem pública e evitar repetição de episódios que ameaçaram a democracia.


O ministro relembrou os eventos de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. Para ele, a conivência de autoridades com acampamentos ilegais em frente a quartéis militares contribuiu diretamente para aquele episódio.



Em uma analogia histórica, Moraes citou a postura de Neville Chamberlain, ex-primeiro-ministro britânico, diante do avanço nazista nos anos 1930. Ele associou a omissão de autoridades brasileiras à
“ignóbil política de apaziguamento, cujo fracasso foi amplamente demonstrado na tentativa de acordo do então primeiro-ministro inglês Neville Chamberlain com o nazismo de Adolf Hitler”

.

Além da comparação histórica, Moraes recorreu à jurisprudência da Suprema Corte dos Estados Unidos para sustentar que, apesar de a Constituição garantir o direito à reunião pacífica, esse direito não é irrestrito. Segundo ele, pode haver restrições sempre que houver risco à segurança ou à ordem pública.



Após a determinação, os parlamentares deixaram o local. O caso reacendeu o debate sobre os limites da liberdade de manifestação, principalmente quando envolve figuras públicas em espaços sensíveis do poder.


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