Ronnie Lessa presta depoimento ao STF sobre morte de Marielle Franco
Lessa, que se encontra preso na penitenciária do Tremembé, em São Paulo, participou da audiência sob a coordenação de um juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo.
Por Plox
27/08/2024 17h16 - Atualizado há 5 meses
Nesta terça-feira (27), o ex-policial Ronnie Lessa prestou depoimento virtual na ação penal conduzida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo os réus acusados de participação na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrida em 2018, no Rio de Janeiro. Lessa, que se encontra preso na penitenciária do Tremembé, em São Paulo, participou da audiência sob a coordenação de um juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo.

Confissão e delação premiada
Ronnie Lessa, que é réu confesso do assassinato, foi convocado para depor pela Procuradoria-Geral da República (PGR), responsável pela acusação. Durante seu depoimento, Lessa reafirmou sua confissão e revelou, como parte de um acordo de delação premiada, que os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão foram os mandantes do crime. A oitiva, que teve início por volta das 13h, foi realizada sem a presença dos outros réus, atendendo a um pedido da defesa de Lessa.
Acusações contra figuras influentes
O processo em questão tem como réus o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, e seu irmão, Chiquinho Brazão, deputado federal (Sem Partido-RJ). Além deles, estão sendo julgados o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, e o major da Polícia Militar, Ronald Paulo de Alves Pereira. Todos são acusados de homicídio e organização criminosa, e atualmente se encontram presos.
Depoimentos importantes
A ação penal prevê o depoimento de cerca de 70 testemunhas, sendo que os depoimentos dos réus ocorrerão apenas ao final do processo. No dia 12 de agosto, Fernanda Chaves, ex-assessora da vereadora Marielle Franco, também prestou seu depoimento. Chaves estava no carro que foi alvo do atentado executado por Ronnie Lessa, e em sua fala, destacou que sobreviveu porque o corpo de Marielle funcionou como um escudo: "Não fui atingida porque Marielle foi meu escudo", declarou.