Trump revoga visto de Petro após discurso em protesto em Nova York

Presidente colombiano pediu que soldados americanos desobedecessem Trump durante ato pró-Palestina

Por Plox

27/09/2025 10h29 - Atualizado há 16 dias

Durante sua passagem por Nova York, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, protagonizou um episódio que gerou forte reação do governo norte-americano. Ao participar de uma manifestação em frente à sede da ONU em apoio à causa palestina, Petro fez declarações que desagradaram profundamente a administração de Donald Trump.


Imagem Foto: Reprodução/ Redes sociais | Divulgação/ Daniel Torok 


Em meio ao protesto, o líder colombiano apelou publicamente para que militares dos Estados Unidos ignorassem ordens do presidente americano. Ele declarou:
\"Desobedeçam às ordens de Trump. Obedeçam às ordens da humanidade\"

, defendendo que os soldados não apontem suas armas para civis. Também propôs a formação de uma força internacional para libertar o povo palestino.


A resposta do governo republicano veio horas depois. O Departamento de Estado dos EUA anunciou a revogação do visto de entrada de Gustavo Petro, justificando que ele teria sido flagrado em ato considerado \"incendiário\" e de incitação à violência. Segundo o comunicado oficial: “Mais cedo hoje, o presidente colombiano Gustavo Petro esteve em uma rua de Nova York e pediu aos soldados americanos que desobedecessem ordens e incitassem a violência. Revogaremos o visto de Petro devido às suas ações imprudentes e incendiárias.”



Em reação à medida, Petro minimizou a situação. Pelas redes sociais, afirmou que não se abala com a revogação do visto, já que possui autorização de viagem por meio do sistema ESTA, voltado a cidadãos de países com isenção de visto para estadias curtas nos Estados Unidos. Ele ressaltou ainda que também é cidadão europeu e destacou seu sentimento de liberdade global. “A humanidade deve ser livre em todo o mundo. Temos o direito humano de viver neste planeta”, declarou.



Esse embate ocorreu no mesmo período em que o conflito na Faixa de Gaza dominou os discursos da Assembleia Geral da ONU. Durante os debates, diversos líderes mundiais acusaram Israel de genocídio e reconheceram oficialmente o Estado da Palestina. Em contrapartida, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reagiu de forma enérgica e declarou que reconhecer o Estado palestino equivaleria a premiar organizações terroristas, comparando a atitude ao que seria \"dar um prêmio à Al Qaeda pelo 11 de setembro\".



As tensões entre os posicionamentos de Petro e Trump marcam mais um capítulo da crise diplomática entre o atual governo colombiano e os Estados Unidos, elevando o tom dos discursos e criando um impasse que pode ter desdobramentos políticos e internacionais significativos nos próximos dias.


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