Bolsonaro diz que inserções nas rádios podem ter influenciado no primeiro turno

Presidente se diz prejudicado por suposto déficit nas inserções de rádio, principalmente no nordeste

Por Plox

27/10/2022 09h46 - Atualizado há mais de 1 ano

Na noite desta quarta-feira (26), após convocar a imprensa, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, fez uma declaração afirmando que as supostas irregularidades nas inserções dos programas de campanha eleitoral nas rádios podem ter influenciado no resultado do primeiro turno.

"Isso interfere na quantidade de votos no final da linha. Em certos locais que eu achava que iria bem e poderia até ganhar, na nossa análise, as inserções fizeram a diferença ou poderiam ter feito a diferença", disse Bolsonaro.

Foto: Brenda Colen / Plox

 

O pronunciamento aconteceu após a notícia de que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, indeferir o pedido da campanha de Jair Bolsonaro para abrir investigação sobre o déficit das inserções do conteúdo eleitoral do candidato do PL nas rádios, principalmente na região nordeste do Brasil.

Moraes se manifestou alegando que os documentos não foram acompanhados com provas ou documentos sérios. “Os fatos narrados na petição inicial não foram acompanhados de qualquer prova e/ou documento sério, limitando-se o representante a juntar um suposto e apócrifo “relatório de veiculações em Rádio”, que teria sido gerado pela empresa ‘Audiency Brasil Tecnologia’. Nem a petição inicial, nem o citado relatório apócrifo indicam eventuais rádios, dias ou horários em que não teriam sido veiculadas as inserções de rádio para a Coligação requerente; nem tampouco a indicação de metodologia ou fundamentação de como se chegou à determinada conclusão”, diz o trecho do despacho.

Bolsonaro acusou o ministro de ser parcial e disse que irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a denúncia feita pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, na noite dessa segunda-feira, são 154 mil propagandas em rádios  que deveriam ser executadas, mas que não foram transmitidas. Fábio assegura que isso beneficia  o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teria tido as suas propagandas executadas regularmente enquanto a população não teve a oportunidade de ouvir as falas da campanha de Bolsonaro.  

TSE exonera servidor que cuidava da distribuição de propaganda eleitoral para emissoras de rádio

Após denúncias da campanha de Jair Bolsonaro (PL) contra algumas rádios da região nordeste do Brasil em não veicular suas propagandas eleitorais, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decisiu exonerar, nesta quinta-feira (26), o servidor Alexandre Gomes Machado, assessor de gabinete da Secretaria Judiciária da Secretaria-Geral da Presidência.

 

Segundo informações repassadas à Plox, o setor é responsável pela coordenação do pool de emissoras que transmitem a propaganda eleitoral em rádio e TV, e o servidor, cuidava das emissoras de rádio.

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