Crescimento da população idosa em Minas Gerais é destacado pelo Censo 2022

O estado mineiro está entre os três com maior percentual de idosos; alterações na estrutura etária da população brasileira são observadas na última década

Por Plox

27/10/2023 11h07 - Atualizado há mais de 1 ano

O Brasil tem assistido a notáveis mudanças em sua composição demográfica. Segundo o recente Censo 2022 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país registra 22.169.101 pessoas com 65 anos ou mais, marcando um aumento de 57,4% em relação ao Censo de 2010.

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Essa evolução não se restringe apenas aos números absolutos. Enquanto em 2010, a população idosa representava 7,4% do total de habitantes do Brasil, em 2022 esse percentual subiu para 10,9%. Em contraste, há uma diminuição no número de crianças: o contingente de indivíduos com até 14 anos reduziu em 12,6% durante o mesmo período.

Foco em Minas Gerais: envelhecimento populacional acentuado

No panorama nacional, Minas Gerais se destaca pelo expressivo percentual de idosos, chegando a 12,4% de sua população. O estado se encontra na lista de líderes neste aspecto, ao lado do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. O Sudeste, como um todo, apresenta uma alta proporção, com 12,2% de sua população total composta por idosos, número similar ao observado na região Sul.

Ao mesmo tempo, o Norte e o Nordeste exibem uma população mais jovem, com crianças de até 14 anos representando mais de um quarto do total de seus moradores.

Implicações e aplicações dos dados

Com uma idade mediana da população brasileira de 35 anos, o país vive um processo de envelhecimento, refletido pelo índice de envelhecimento que saltou de 30,7 em 2010 para 55,2 em 2022. Isso implica que, atualmente, há 55,2 idosos para cada 100 crianças até 14 anos.

Esses dados, como apontado pelo IBGE, são fundamentais para a elaboração e planejamento de diversas políticas públicas, desde habitação e transporte até saúde e educação. Eles também são cruciais para determinar a alocação de recursos e fazer projeções futuras.

Em um contexto mais amplo, o Censo Demográfico oferece um retrato detalhado da população brasileira e de suas condições de moradia. Previsto inicialmente para 2020, o Censo 2022 sofreu adiamentos devido à pandemia de covid-19 e questões orçamentárias, tendo sido iniciado em junho do ano passado e finalizado em fevereiro deste ano.

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