Defesa solicita transferência de Adélio Bispo para unidade de saúde mental

Superlotação e longa fila de espera são empecilhos para transferência do autor da facada em Bolsonaro a hospital de custódia em Minas Gerais

Por Plox

27/10/2023 17h24 - Atualizado há mais de 1 ano

A defesa de Adélio Bispo, responsável pelo ataque a Jair Bolsonaro durante a campanha presidencial de 2018, apelou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) para sua transferência da Penitenciária Federal de Campo Grande para uma unidade especializada em tratamento de saúde mental. A iniciativa veio de Welmo Rodrigues, defensor público da União, que atua em representação dos direitos de Adélio. Rodrigues argumenta que é crucial garantir o respeito aos direitos humanos do interno e solicita à CIDH medidas emergenciais nesse sentido.

 

Foto: Divulgação/Assessoria de Comunicação Organizacional do 2º BPM

Situação de Adélio

Julgado inimputável, Adélio Bispo foi sentenciado a uma medida de segurança, que substitui uma pena tradicional, e está detido em Campo Grande desde o incidente de 2018. Uma reavaliação psiquiátrica realizada em 2022 prorrogou sua permanência na penitenciária até 2024. Adélio tem demonstrado resistência ao uso de medicamentos para gerir seu diagnóstico de transtorno delirante persistente. A Defensoria Pública da União (DPU) critica a infraestrutura da prisão, indicando que a saúde mental de Adélio está em declínio, conforme evidenciado por relatórios médicos.

 

Ações Propostas e Direitos Humanos

Apontando a situação crítica e urgente, Rodrigues propôs várias medidas à CIDH, incluindo garantir que Adélio receba tratamento adequado em uma instituição de saúde mental e tenha acesso a um plano terapêutico individual. O defensor público enfatiza que o caso representa uma violação de vários direitos estipulados na Convenção Americana de Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário.

 

Desafios de Transferência

Uma transferência de Adélio para um hospital de custódia em seu estado natal, Minas Gerais, foi considerada. No entanto, hospitais do estado relataram uma falta de vagas, evidenciando um problema de superlotação e extensas listas de espera.

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