Mulheres ultrapassam homens em proporção populacional, revela Censo 2022

Dados mostram aumento contínuo da população feminina no Brasil; representando agora 51,5% do total

Por Plox

27/10/2023 10h54 - Atualizado há mais de 1 ano

Em dados recentemente divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil conta com 104,5 milhões de habitantes mulheres, constituindo 51,5% da população total. Esta proporção indica uma crescente presença feminina, já que, de acordo com o Censo Demográfico 2010, as mulheres representavam 51,03%, e em 2000, 50,8%.

As novas estatísticas também revelam que o contingente feminino ultrapassa o masculino em cerca de 6 milhões. Desse total, os homens somam 98,5 milhões. A predominância feminina se destaca na maioria dos estados, sendo apenas quatro onde não são maioria: Tocantins (49,9%), Roraima (49,7%), Mato Grosso (49,7%) e o Acre, onde há um equilíbrio entre os gêneros.

 

Foto: Divulgação – BBC

Análise demográfica por região e idade

Pela primeira vez, a região Norte apresentou uma população feminina superior à masculina. Enquanto no Sudeste, esse cenário já é observado desde 2000. A pesquisa também trouxe um dado interessante: para cada 100 mulheres, existem 94,2 homens no país. Este índice, denominado razão de sexo, tem diminuído ao longo dos anos – de 98,7 em 1980 para 96 em 2010.

Ao analisar a distribuição etária, nota-se que a proporção de homens é maior até os 24 anos. Entretanto, a partir dos 25 anos, a presença feminina torna-se predominante. Segundo o IBGE, esse fenômeno se deve ao maior número de nascimentos de meninos, mas, com o passar dos anos, o índice de mortalidade masculina aumenta, principalmente por causas externas como violência e acidentes.

 

Reflexos urbanos e relatos pessoais

Em cidades maiores, a proporção masculina tende a ser menor. Em municípios com até 5.000 habitantes, a razão é de 102,3 homens para cada 100 mulheres, enquanto em cidades com mais de 500.000 habitantes, cai para 88,9 homens. O Sudeste lidera com a menor proporção, 92,9, e o Norte apresenta 99,7. Rio de Janeiro e Mato Grosso são os extremos com 89,4 e 101,3, respectivamente.

Loida Manzo, 47, produtora de podcasts e natural de São Caetano do Sul, ilustra essa predominância feminina em sua vida familiar. Em sua história familiar, as mulheres sempre foram a maioria. "São poucos homens na história. Nossas reuniões são compostas por 95% de mulheres", relata Loida. A presença constante de mulheres na vida de seu filho, segundo ela, trouxe benefícios em seu desenvolvimento. Para Loida, a rede de apoio feminino tem sido fundamental, principalmente em momentos desafiadores, reforçando o cuidado mútuo entre as mulheres de sua família.

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