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Economia
Dólar recua e Ibovespa sobe com otimismo em negociações entre Brasil e EUA
Moeda americana inicia semana em queda, enquanto Ibovespa avança diante do ambiente favorável nas negociações comerciais. Lula destaca encontro positivo com Trump e pede suspensão de tarifas sobre produtos brasileiros.
27/10/2025 às 10:16por Redação Plox
27/10/2025 às 10:16
— por Redação Plox
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O dólar iniciou a semana em queda de 0,58% na manhã desta segunda-feira (27), sendo cotado a R$ 5,3608. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, também abriu o pregão às 10h com os investidores atentos aos desdobramentos do cenário internacional.
Dólar alcança a segunda maior valorização já registrada: R$ 5,86
Foto: Reprodução/TV Globo
Mercado atento a Lula e Trump
O mercado financeiro acompanha de perto a repercussão do encontro entre o presidente Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ocorrido na Malásia. O clima de otimismo se deve à possibilidade de uma trégua comercial entre os EUA e a China, além de avanços no relacionamento entre Brasil e Estados Unidos.
Lula declarou que a reunião com Trump foi “surpreendentemente boa” e indicou expectativa de uma melhora nas relações bilaterais. Ao longo de sua viagem pela Ásia, Trump firmou acordos comerciais com países do sudeste asiático e, agora, busca uma resolução para a disputa comercial com a China, para o que está prevista uma reunião com o presidente Xi Jinping na Coreia do Sul.
Repercussão internacional e dados econômicos
Na Argentina, a vitória do partido de Javier Milei nas eleições legislativas influenciou o mercado, levando à queda do “dólar cripto” para 1.420 pesos e à valorização das ações argentinas negociadas em Wall Street.
No Brasil, o alívio recente na inflação refletiu, segundo o relatório Focus do Banco Central, em uma redução nas projeções para o índice oficial em 2025, que recuou para 4,56% na quinta queda consecutiva.
A expectativa mundial nesta semana envolve a possibilidade de um novo corte de juros pelo Federal Reserve, o banco central americano. Analistas projetam uma redução de 25 pontos-base na taxa básica dos EUA, com decisão prevista para o dia 29 de outubro.
Desempenho recente do dólar e do Ibovespa
Confira os principais indicadores financeiros do momento:
Dólar
Acumulado da semana: -0,24%
Acumulado do mês: +1,31%
Acumulado do ano: -12,74%
Ibovespa
Acumulado da semana: +1,93%
Acumulado do mês: -0,04%
Acumulado do ano: +21,52%
Negociações Brasil-EUA podem avançar
A reunião entre Lula e Trump marcou um avanço nas relações bilaterais. Lula destacou o déficit comercial brasileiro em relação aos EUA e questionou as tarifas de 50% impostas em agosto a produtos do Brasil, pedindo a suspensão temporária das taxas enquanto durarem as negociações.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, declarou que o encontro inaugura um cronograma de negociações, incluindo setores como minerais críticos e terras raras. Os presidentes também discutiram temas políticos, como a situação de Jair Bolsonaro e a relação com a Venezuela. Lula reafirmou que o Brasil não aceita uma nova Guerra Fria entre EUA e Rússia.
Trump demonstrou empatia ao relembrar o tempo em que Lula esteve preso, e ambos manifestaram interesse em realizar visitas de Estado recíprocas.
Há otimismo sobre um potencial acordo comercial nas próximas semanas após a entrega de uma lista de reivindicações brasileiras.
O Brasil também poderá atuar como mediador nas relações entre EUA e Venezuela, embora os detalhes dessa possível mediação ainda não estejam definidos.
Status das negociações EUA-China
O mercado aguarda o desfecho das conversas entre EUA e China. Trump comentou, a caminho do Japão, que os países estariam prontos para um acordo, com nova reunião marcada com Xi Jinping no final da semana.
Tenho muito respeito pelo presidente Xi e acho que chegaremos a um acordo. A China está chegando e será muito interessante. – Donald Trump, presidente dos EUA
No domingo, autoridades econômicas dos dois países acordaram os termos centrais do que será avaliado por Trump e Xi. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que existe “uma estrutura muito bem-sucedida para os líderes discutirem na quinta-feira” e que o acordo pode adiar os controles de exportação e evitar a imposição de novas tarifas de 100% sobre produtos chineses.
Também avançaram negociações para transferir o controle do TikTok para os EUA, com expectativa de conclusão próxima.
Bolsa chinesa alcança recorde
As ações chinesas fecharam em alta nesta segunda-feira, atingindo o maior patamar em mais de 10 anos – cenário atribuído à perspectiva de acordo comercial entre EUA e China. O índice de Xangai subiu 1,18%, o CSI300 avançou 1,19% e o Hang Seng, de Hong Kong, teve alta de 1,05%.
O estrategista Kenny Ng, da Everbright Securities, avaliou que, embora o mercado reaja positivamente, ainda existe cautela quanto às condições finais do acordo.
A cotação do dólar chegou à segunda maior marca histórica: R$ 5,86.
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