O que era para ser um momento de confraternização entre colegas acabou gerando suspeita de envenenamento coletivo no pronto-atendimento de Santa Cecília, no Oeste catarinense. Na tarde da última terça-feira, onze funcionários passaram mal após consumirem refrigerante levado por uma mulher.

Polícia suspeita de adulteração em bebida

A Polícia Civil abriu investigação para apurar se o refrigerante foi adulterado de forma intencional. A segurança e a área de saúde do município foram acionadas para tratar do caso e prestar auxílio às vítimas.

Sintomas relatados após confraternização

De acordo com relatório da Secretaria Municipal de Saúde, o episódio ocorreu durante um café da tarde com participação de servidores da unidade. A mulher, posteriormente presa, levou uma garrafa de dois litros de refrigerante para o encontro.

Após cerca de uma hora, os envolvidos começaram a manifestar sintomas como vômito, tontura, sonolência, inchaço abdominal e dificuldade para falar.

Onze pessoas ingeriram o refrigerante; oito delas precisaram de internação por sintomas de intoxicação, enquanto outras três apresentaram mal-estar leve. Entre as vítimas estavam profissionais de diversas áreas, incluindo médicos, enfermeiros, farmacêuticos, recepcionistas e funcionários da limpeza. Um vereador do município também foi afetado e precisou ser transferido para atendimento em outra cidade devido ao quadro clínico.

Prisão dos suspeitos e andamento das investigações

Dois suspeitos foram presos: a mulher responsável por levar o refrigerante e o sobrinho dela, que trabalhava na unidade de saúde. Esse funcionário estava afastado desde o início de outubro, após ter sido denunciado por importunação sexual por outros colegas do pronto-atendimento.

Imagens de câmeras de segurança mostraram a mulher entrando no local portando a garrafa momentos antes da confraternização. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências dos dois suspeitos, onde materiais para análise pericial foram recolhidos.

Os investigadores aguardam o laudo da perícia para determinar se houve, de fato, a presença de substância tóxica no refrigerante. Até o momento, a motivação para a possível ação criminosa não foi divulgada.

Estado de saúde das vítimas

Oito funcionários que estavam internados receberam alta no sábado, mas ainda seguem sob acompanhamento médico. Dois deles chegaram a voltar ao trabalho na quinta-feira, porém voltaram a passar mal e precisaram ser internados novamente.