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Morre bebê que chorou no próprio velório e foi retirado de caixão

Recém-nascido prematuro sobreviveu após 12 horas em saco para corpos e mobilizou atendimento de emergência, mas faleceu por choque séptico; Sesacre investiga o caso.

27/10/2025 às 11:08 por Redação Plox

O recém-nascido que surpreendeu familiares ao apresentar sinais vitais durante o próprio velório, em Rio Branco (AC), não resistiu ao quadro grave de saúde e morreu na noite de domingo (26). Segundo a equipe médica, a causa foi choque séptico e sepse neonatal.

Bebê foi declarado morto, mas reapareceu com vida em velório

No sábado, o bebê havia sido dado como morto pela equipe da Maternidade Bárbara Heliodora. Durante a cerimônia de despedida, uma tia percebeu que ele ainda respirava e chorava, causando grande comoção entre os presentes. A criança, que nasceu prematura com aproximadamente cinco meses de gestação, ficou cerca de 12 horas dentro de um saco para armazenar corpos antes de ser resgatada com vida.

No sábado, a equipe médica da Maternidade Bárbara Heliodora o declarou morto, mas ele foi encontrado vivo dentro do próprio caixão, pouco antes do sepultamento

No sábado, a equipe médica da Maternidade Bárbara Heliodora o declarou morto, mas ele foi encontrado vivo dentro do próprio caixão, pouco antes do sepultamento

Foto: Redes Sociais


Transferência emergencial e quadro clínico delicado

O parto ocorreu na noite de sexta-feira (24), após a mãe ser transferida de Pauini (AM) para o Acre. A transferência aconteceu devido à falta de estrutura médica adequada na cidade de origem, já que a gestante apresentava sangramento e quadro de risco.

De acordo com o laudo médico, foi atestada morte fetal por hipóxia intrauterina, condição em que há interrupção do fornecimento de oxigênio ao feto durante a gestação.

Descoberta durante o velório

Após receber o corpo para velório, a família só percebeu que o recém-nascido estava vivo na manhã seguinte, no momento da preparação para o enterro. O bebê foi levado imediatamente de volta à maternidade, onde seguiu internado em estado grave na UTI Neonatal.

O intenso choque vivido pelos familiares marcou a sequência dos acontecimentos, evidenciando a dramaticidade do caso.

Prematuridade extrema e apuração do caso

Segundo relato da pediatra Mariana Collodetti, o bebê apresentava prematuridade extrema, com 23 semanas e cinco dias de gestação e apenas 520 gramas.

A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) confirmou, em nota, que os protocolos médicos de reanimação foram adotados e que o recém-nascido foi liberado para a família após a constatação da ausência de sinais vitais.

Cerca de 12 horas depois, já fora da unidade, o bebê apresentou sinais vitais e foi imediatamente levado de volta à maternidade, onde permanece sob cuidados intensivos – Diretora Simone Prado, em nota da Sesacre

O órgão também informou sobre a abertura de uma investigação interna para apurar o ocorrido e reforçou compromisso com a ética e a humanização no atendimento.

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