Tragédia em Taguaí: Ministério Público abre investigação contra empresas envolvidas

Segundo o MPT, foi aberta uma representação contra a empresa proprietária do ônibus, e contra a empresa têxtil, para onde o ônibus estava indo no momento do acidente.

Por Plox

27/11/2020 14h57 - Atualizado há mais de 4 anos

O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu uma investigação para apurar o acidente entre um ônibus e um caminhão, que matou 41 pessoas em Taguaí, no interior de São Paulo, na manhã da última quarta-feira (25).

Segundo o MPT, foi aberta uma representação contra a empresa Star Fretamento e Locação Eireli - EPP, proprietária do ônibus, e contra a Stattus Jeans Indústria e Comércio Ltda, local onde as vítimas trabalhavam e para onde estavam indo no momento em que ocorreu o acidente.

 

Foto: reprodução/WhatsApp

 

O acidente

A colisão ocorreu na manhã dessa quarta-feira (23), na rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho, em Taguaí, interior de São Paulo. Segundo informações da Polícia Militar de São Paulo, as vítimas estavam no ônibus e seguiam para uma empresa têxtil. Ele estavam indo trabalhar quando o acidente aconteceu.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, seriam 52 pessoas dentro do ônibus, sendo 51 funcionários da empresa têxtil e o motorista. Na carreta estavam duas pessoas, o motorista, que morre, e o carona, que sobreviveu.

Os feridos foram socorridos para hospitais da região e o quadro de saúde deles não foram informados. Segundo a PM, 37 pessoas morreram no local e quatro pessoas morreram durante atendimento médico.


Motorista do caminhão não tinha carteira D

Geison Gonçalves, que estava dirigindo o caminhão envolvido no acidente, não tinha habilitação da categoria D, para dirigir caminhões. A informação foi confirmada pela companheira de Geison Gonçalves.

Segundo ela,  Geison tinha apenas habilitação da categoria B, para carros. Por conta da falta de habilitação, ele sempre levava um caminhoneiro nas viagens.


Ônibus estava irregular

A empresa de ônibus Star Viagem e Turismo, que teve um ônibus envolvido no acidente não tinha permissão para operar. A informação é da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).

De acordo com as informações da Artesp, a empresa foi multada diversas vezes e era considerada clandestina. Também não há registros da empresa no site da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Segundo as informações, o veículo envolvido no acidente tem registradas 11 multas e estava com IPVA, DPVAT e licenciamento atrasados, o transformando em irregular para circular. 
 

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