Censo da Suinocultura é implementado em Minas Gerais para fortalecer produção e orientar políticas públicas

Plataforma inovadora reúne dados sobre a suinocultura mineira, beneficiando produtores e subsidiando decisões governamentais.

Por Plox

27/11/2024 08h43 - Atualizado há 11 dias

A Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), em parceria com a Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (EV-UFMG), lançou uma plataforma inédita que mapeia detalhadamente a produção de suínos no estado. O objetivo é fortalecer a competitividade dos produtores mineiros no mercado nacional e internacional e fornecer subsídios para a formulação de políticas públicas voltadas ao setor.

Foto: Higor Barreto Asemg

Dados reveladores da suinocultura em Minas
O levantamento, baseado no Cadastro de Produtores do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), identificou que Minas Gerais possui um rebanho de 3,78 milhões de suínos, distribuídos por 12.290 propriedades rurais. Esse número inclui 339.763 matrizes, representando um aumento de 21,5% em relação ao último censo de 2016, quando o estado registrava 279,5 mil matrizes. O plantel conta ainda com 23.868 reprodutores e 3,42 milhões de outros suínos.

Regiões e municípios em destaque
A maior concentração de suínos está no Triângulo Mineiro, que abriga 36,4% do rebanho estadual. Em seguida, destacam-se a Zona da Mata, com 26,45%, e a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), responsável por 12,98%. Entre os municípios, Patos de Minas lidera com 264.954 suínos, seguido por Uberlândia (215.568) e Pará de Minas (210.171). Outras localidades relevantes incluem Urucânia (187.112) e Jequeri (175.126).

Uma ferramenta estratégica para o setor
A plataforma desenvolvida pela Asemg é acessível e projetada para ser prática, permitindo consultas a diversas variáveis, como localização de propriedades e características das principais regiões produtoras. Essa inovação proporciona informações confiáveis para orientar decisões estratégicas.

O presidente da Asemg, João Carlos Bretas Leite, destacou a relevância do projeto: “Com o censo teremos informações corretas sobre a suinocultura mineira, com número correto de matrizes, de animais, granjas e de suinocultores. Esse trabalho todo vai nos ajudar a precificar de forma mais correta nas bolsas. Além disso, os dados servirão para outras variáveis como sanidade e outros trabalhos”.

Importância do levantamento para os produtores
O censo foi elaborado ao longo de um ano, com foco na precisão e confiabilidade dos dados. Segundo o professor da UFMG, Rafael Nicolini, a iniciativa representa um avanço significativo para a suinocultura do estado. “Qualquer um pode acessar e buscar as informações. Para a construção do censo, levamos mais de um ano de trabalho, buscando os dados da melhor forma possível, os mais assertivos e confiáveis. Isso para que a tomada de decisão venha de forma acurada”, explicou.

A gerente executiva da Asemg, Bianca Costa, também enfatizou o impacto positivo do projeto: “O objetivo da Asemg é que façam diferença nos negócios dos produtores, das empresas que permeiam o setor, dos frigoríficos e do governo. Estamos conseguindo entregar para todos os elos da cadeia resultados e conteúdos importantes.”

Com essa ferramenta, Minas Gerais não só consolida sua posição como um dos principais polos de produção de suínos no Brasil, mas também dá um passo essencial para o desenvolvimento sustentável e competitivo do setor.

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