Como o desapego pode transformar sua saúde e bem-estar
Especialistas compartilham estratégias para simplificar a vida, reduzindo o estresse e promovendo bem-estar emocional.
Por Plox
27/11/2024 09h44 - Atualizado há 7 meses
No fim do ano, uma cena é comum em muitos lares: ao abrir armários para decorar a casa para o Natal, surge a percepção de quantos objetos esquecidos estão guardados. Segundo a organizadora profissional Jacqueline Moreno, essa é uma oportunidade perfeita para iniciar o desapego. “A principal coisa que devemos buscar na relação com os objetos é o bem-estar e a praticidade. Mas há momentos em que eles começam a obstruir isso, tomando espaço físico e mental”, explica.

Moreno destaca que objetos precisam de cuidado e espaço para justificar sua presença. “É importante perguntar: ‘Estamos dispostos a lidar com isso?’. Essa reflexão ajuda a identificar o que realmente tem sentido manter.”
Renovação de ciclos: uma prática natural
O final do ano, além de trazer presentes e novas aquisições, é um período ideal para reavaliar o que guardamos. “Assim como a natureza se renova a cada estação, nós também precisamos. É essencial revisitar roupas e itens, ajustando-os às necessidades de cada momento”, aconselha Jacqueline.
Ela sugere que, para facilitar o desapego, é importante pensar nos benefícios que ele trará. Seguindo seis passos práticos, qualquer pessoa pode desenvolver essa habilidade:
- Concentre-se na alegria do resultado, e não na dificuldade do processo.
- Reconheça pensamentos negativos, como “e se eu precisar disso no futuro?”.
- Aprenda a lidar com a incerteza de um dia precisar do item descartado.
- Teste desapegar aos poucos, doando objetos para pessoas próximas e analisando seus sentimentos.
- Pesquise técnicas e ferramentas que ajudem no processo.
- Pratique o desapego regularmente, como um treino mental.
Jacqueline reforça que o desapego também envolve organização e limpeza. “Armários fechados acumulam sujeira. Dar uma geral na casa e diminuir os excessos proporciona uma sensação incrível de bem-estar”, pontua. Estudos comprovam que ambientes organizados reduzem o estresse e promovem a liberação de hormônios do prazer.
Além dos objetos: o desapego emocional
O desapego vai além do material. Para a psicóloga Renata Borja, especialista em terapia metacognitiva, ele também envolve os pensamentos. “Desapegar não é só jogar fora coisas usadas, mas também lidar de forma saudável com emoções e ideias automáticas que surgem”, explica.
Renata destaca a técnica da “atenção plena desapegada”, que ensina a observar pensamentos sem se apegar ou brigar com eles. “O objetivo é reconhecer o que você está sentindo e permitir que passe naturalmente. Quando brigamos com emoções, elas nos dominam.”
Esse processo, segundo a psicóloga, promove um desapego emocional valioso, ajudando as pessoas a lidarem com o que sentem de maneira mais leve. Assim, o desapego, tanto material quanto emocional, torna-se uma ferramenta poderosa para uma vida mais equilibrada e saudável.