Família Constantino vai parar na telona de cinema nesta quinta (28/11) em Fabriciano

O Circuito de Exibição do Curta Vitória a Minas III percorre cidades capixabas e mineiras para exibir em sessões gratuitas ao ar livre histórias transformadas em filmes

Por Plox

27/11/2024 12h49 - Atualizado há 14 dias

Era início dos anos 70 quando o empreiteiro de carvão José Constantino Gonçalves, a dona de casa Maria Nogueira Gonçalves e seus oito filhos viveram uma aventura para conhecer a praia. A história contada pela arquiteta Ana Paula Gonçalves Pires acaba de virar filme e será apresentada na telona de cinema ao ar livre durante o Circuito de Exibição do Curta Vitória a Minas III. 

 

A ficção “Mundaréu” será apresentada em sessão gratuita nesta quinta-feira (28/11), às 19h30, no estacionamento da Prefeitura Municipal de Coronel Fabriciano (MG).

Desde 21 de novembro até 03 de dezembro, o caminhão-cinema equipado com uma estrutura com telona de 8x6 metros, projetores, sistema de sonorização e cadeiras para acomodar os espectadores está percorrendo cidades capixabas e mineiras para exibir as obras de curta-metragem com roteiro, direção e produção das autoras e autores das histórias selecionadas. O Curta Vitória a Minas III tem patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, apoio local da Prefeitura Municipal de Coronel Fabriciano e realização do Instituto Marlin Azul, Ministério da Cultura/Governo Federal.

O objetivo é possibilitar aos moradores das cidades ao longo da Estrada de Ferro Vitória a Minas a oportunidade de contar histórias e transformar em filme, registrando as memórias, os costumes, os hábitos, as lendas e as peculiaridades destas localidades, contribuindo para o fortalecimento territorial e comunitário. 

 

Mundaréu 

 

A autora Ana Paula criou um conto inspirado em fatos reais para resgatar a saga vivida por sua família para desbravar o mar. Como naquela época ninguém da casa sabia como era um passeio até a praia, a notícia despertou a curiosidade, o espanto e a empolgação. Dali por diante, o alvoroço tomou conta da turma que passou a respirar os preparativos para o grande passeio.


A turma de filhos era composta por Maria das Graças (18 anos); José Daniel, o Zezé (17 anos); Vera (14 anos); Fátima (13 anos); Mário (12 anos); Maurício (11 anos); José Constantino, o Tantino (9 anos) e a Luciene, a Tuca (8 anos). Havia ainda a Renata, no ventre da mãe. Para encarar uma viagem com oito filhos para um lugar desconhecido e cercado por mistérios, Zé Constantino e Maria Nogueira organizaram de modo minucioso cada detalhe do passeio.


O plano era o seguinte: Dona Maria e os filhos fariam a viagem de trem no mesmo dia em que Seu Zé Constantino sairia de Kombi com a maior parte da bagagem, os utensílios e os mantimentos necessários para a longa estadia na praia. No princípio, antes das ondas do mar, a família costumava se juntar para uma farofa animada nas lagoas da região do Parque Estadual do Rio Doce. A turma se preparava agora para conhecer as águas salgadas da Barra do Riacho, no litoral de Aracruz, numa época de ondas bravias e perigosas. Imaginem o que esta turma não aprontou até chegar ao litoral?!

 

 “Mundaréu” é inspirado nas memórias da família Constantino, uma homenagem especial ao avô Zé Constantino, falecido há 17 anos. Ao mesmo tempo, de acordo com a autora, a história celebra o gesto de compartilhar presente no cotidiano de muitas famílias mineiras.


“Quando enviei a história e fui selecionada, não imaginava a imensidão de situações que iria viver para tornar o meu filme uma realidade. A imersão audiovisual, a construção do roteiro, o aprendizado sobre as técnicas e todo o cuidado com a produção,
o estudo do figurino, a escolha das locações e dos objetos de cena, a preparação e a entrega dos atores, as falas de uma família grande, a valorização do trejeito e do companheirismo do mineiro com o outro, e toda uma rede de parceiros, tudo isso contribuiu pra realização do filme. Mundaréu é um monte de gente feliz por realizar este projeto. Outra situação muito feliz nesta experiência foi a edição do filme: como se constrói a obra, como se escolhe cada cena, cada música que tem a ver com aquele personagem ou com o momento que ele está vivendo. A montagem trouxe uma preciosidade que não tenho como expressar. Tudo isso está no filme de uma forma divertida e leve. E o resultado todos assistirão na tela! Estou muito ansiosa e espero que todos consigam se divertir com as aventuras desta família”, destaca a diretora.

 

Acompanhe a caravana de cinema


Depois de Colatina (21/11), Ibiraçu (22/11), no Espírito Santo, e Conselheiro Pena (23/11), Periquito (24/11), Governador Valadares (25/11), Belo Oriente (26/11), Ipatinga (27/11) e Coronel Fabriciano (28/11), em Minas Gerais, a caravana continuará na estrada
mineira em direção a Nova Era (29/11) e João Monlevade (03/12). Em cada sessão, a comunidade assiste ao filme do lugar e a obras feitas por outros autores e autoras selecionados pelo projeto.


O Circuito de Exibição do Curta Vitória a Minas III reúne os curtas-metragens “As Cercas”, de Otávio Luiz Gusso Maioli, de Ibiraçu (ES); “A Casa Sinistra”, de Marisa de Almeida Silva, de Colatina (ES); “Um Rio de Histórias”, de Márcia Cristina Cândido Cruz, de Conselheiro Pena (MG); “Escasso”, de Pedro Vinícius Siqueira Batista, e “A Velha do Rio”, de Levi Braga de Souza, ambos de Governador Valadares (MG); “Boi Balaio”, de Mauro dos Santos Junior, de Belo Oriente (MG); “O Pássaro”, de Luzia Di Resende, de Ipatinga (MG); “Mundaréu”, de Ana Paula Gonçalves Pires, de Coronel Fabriciano (MG); “Revelações de Carnaval”, de Sandra Maura Coelho, de Nova Era (MG); e “Me Disseram que Sou Negra”, de Alexsandra Mara Felipe Fernandes, de João Monlevade (MG). 

 

Conheça as etapas do Curta Vitória a Minas III 

 

As autoras e autores das históriasse juntaram em Guarapari (ES) durante imersão audiovisual de 15 dias para estudar, com a orientação de profissionais do cinema e da TV, noções básicas sobre roteiro, direção, produção, direção de fotografia, som, direção
de arte, montagem, finalização, cinema de grupo, mobilização comunitária e direitos
autorais. 

 

Ao final do curso, eles retornaram para suas cidades de origem para organizar a pré-produção das filmagens e, na etapa seguinte, profissionais da fotografia, de som e produção se juntaram aos autores (as) para gravação das histórias nas cidades com o
envolvimento de outros moradores em funções artísticas e técnicas. O cronograma de filmagens das dez obras foi realizado no período de junho a agosto de 2024. Depois da montagem e finalização, os curtas-metragens chegaram à etapa do circuito de difusão
que, além da exibição nas cidades, incluirá a inscrição dos filmes em mostras e festivais de cinema.

 

SERVIÇO


MOSTRA DE CINEMA


CIRCUITO DE EXIBIÇÃO DO CURTA VITÓRIA A MINAS III
Classificação Livre
Entrada Gratuita
Data: 28 de novembro de 2024 (quinta-feira)

Horário: 19h30
Local: Estacionamento da Prefeitura Municipal de Coronel Fabriciano, Minas Gerais.

 

LANÇAMENTO
Mundaréu
Roteiro, direção e produção – Ana Paula Gonçalves Pires
Ficção: Mundaréu é um tantão de trem, aventuras e situações que a Família Constantino
vive para conseguir conhecer o mar.

 

Mais informações


Instituto Marlin Azul
Telefone: (27) 3327-5009 | (27) 99872-3521
E-mail: [email protected]
Site Curta Vitória a Minas: www.curtavitoriaaminas.com.br
Site IMA: www.institutomarlinazul.org.br
Redes sociais: @institutomarlinazul

Assessoria de Comunicação do Instituto Marlin Azul
Simony Leite Siqueira
Telefone: (27) 99695-7093 | 3327-6999
E-mail: [email protected]
Vitória (ES), 27 de novembro de 2024.

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