Novo Aerolula segue suspenso: FAB apresenta opções ao presidente Lula
Governo avalia alternativas para substituir o avião presidencial, após pane em outubro. Custo da nova aeronave pode chegar a R$ 2 bilhões
Por Plox
27/11/2024 08h42 - Atualizado há 22 dias
Diante da necessidade de cortes para adequação ao arcabouço fiscal, o plano do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de adquirir uma nova aeronave presidencial permanece sem definição. A substituição do atual VC-1 Airbus A319CJ, popularmente conhecido como Aerolula, ganhou urgência após problemas técnicos ocorridos em outubro, mas segue sem prazo para ser concretizada.
A nova aeronave, que poderia custar entre 250 e 350 milhões de dólares (aproximadamente R$ 1,449 bilhão a R$ 2,029 bilhões), foi discutida após uma falha em uma das turbinas do Aerolula durante o retorno de uma viagem ao México, em 1º de outubro. O incidente reforçou, segundo Lula, a necessidade de substituir o avião atual para garantir segurança em viagens presidenciais. "Não se trata de gasto, mas de investimento", argumentou o presidente.
FAB e alternativas em análise
Questionada sobre a situação, a Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou que o VC-1 Airbus A319CJ segue disponível para atender à Presidência da República. Apesar disso, o governo estuda outras opções, incluindo a reforma de um Airbus A330-200 já existente. Até o momento, Lula não decidiu qual solução será adotada.
Após o problema técnico ocorrido no México, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) realizou uma análise detalhada dos dados do voo que transportava o presidente, a primeira-dama Janja e outros integrantes da comitiva.
Histórico do Aerolula
O VC-1, adquirido durante o primeiro mandato de Lula por 56,7 milhões de dólares (equivalente a 91,7 milhões de dólares hoje, ou cerca de R$ 531,8 milhões), começou a operar em 2005. O avião possui uma cabine presidencial com escritório, suíte, sala de reuniões e área para a segurança, além de tecnologia para evitar rastreamento e emitir sinais de defesa em situações de ameaça.
Embora tenha autonomia de 11 mil quilômetros, o atual Aerolula exige paradas para reabastecimento em viagens mais longas, como para a Europa e Ásia. O governo deseja que o novo avião tenha maior alcance, internet de alta velocidade e uma área mais ampla para reuniões.