Três marcas de café mineiro são consideradas impróprias para consumo e apreendidas pelo Ministério da Agricultura

Fraude inclui mistura de sementes, folhas e até pedras; impacto no mercado internacional do café é debatido.

Por Plox

27/11/2024 09h08 - Atualizado há 8 dias

Três marcas de café empacotadas em Minas Gerais foram identificadas como impróprias para o consumo, em ação do Ministério da Agricultura, que apreendeu ao todo sete marcas adulteradas. A fraude, segundo a investigação, incluía a adição de sementes de outras origens, folhas, pedras e torrões moídos, comprometendo a qualidade do produto.

As marcas mineiras envolvidas são:

  • Café Rio Preto
  • Fino Sabor Superior
  • Caseiro Mineiro

A situação não reflete a qualidade do café produzido em Minas Gerais, estado reconhecido por sua excelência na produção do grão. Durante a recente Semana Internacional do Café, realizada em Belo Horizonte, produtores mineiros exibiram cafés premiados que abastecem mercados nacionais e internacionais.

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Mercado de café enfrenta desafios internacionais

Paralelamente, o mercado de café enfrenta instabilidade. Na última segunda (25) e terça-feira (26), os preços voltaram a disparar na Bolsa de Nova Iorque, com reflexos no mercado brasileiro. Essa valorização tem pesado no bolso do consumidor, agravada pela incerteza sobre a safra de 2025, que deve ser inferior à deste ano.

Carne brasileira também é alvo de críticas internacionais

Além das dificuldades no setor cafeeiro, a carne brasileira foi alvo de críticas da ministra da agricultura francesa, Annie Genevard, que questionou publicamente a qualidade sanitária do produto. Apesar do pedido de desculpas do Carrefour, que também participou das declarações, a Confederação Brasileira da Agropecuária (CNA) decidiu acionar a Justiça internacional para reparar os danos causados à imagem do produto.

"Declarações irresponsáveis não podem ficar sem consequências", afirmou o presidente da CNA, João Martins, que já mobilizou um escritório de advocacia em Bruxelas para lidar com o caso.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, também estuda medidas contra as declarações, reforçando que uma simples carta de desculpas não compensa o impacto negativo gerado.

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