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São Paulo confirma 10ª morte por bebida alcoólica adulterada com metanol
Pintor de 26 anos é a vítima mais recente em surto que já soma 49 casos confirmados de intoxicação no estado, enquanto autoridades ampliam fiscalização e reforçam alerta sobre riscos do consumo de bebidas de procedência duvidosa
27/11/2025 às 10:46por Redação Plox
27/11/2025 às 10:46
— por Redação Plox
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Felipe Henrique Alves da Silva, pintor de 26 anos, é a décima vítima confirmada de intoxicação por bebida alcoólica adulterada com metanol no estado de São Paulo. Morador de Sorocaba, no interior paulista, ele foi encontrado morto em casa pela esposa em 16 de agosto. Felipe não foi o único caso em que o atendimento médico não ocorreu a tempo.
De acordo com boletim da Secretaria Estadual da Saúde, oito casos seguem em investigação, entre eles cinco mortes
Foto: Divulgação / Agêndia de Saúde do DF.
De acordo com boletim da Secretaria Estadual da Saúde, o número de mortes confirmadas por intoxicação por metanol subiu de nove para dez. O documento também aponta 49 casos confirmados e oito ainda sob investigação, incluindo cinco óbitos.
Família marcada por três mortes após churrasco
Jhenifer Carolina dos Santos Gomes, de 27 anos, moradora de Osasco, na Grande São Paulo, foi a nona morte confirmada pela contaminação. Ela era esposa de Cleiton da Silva Conrado, a sétima vítima. O casal participou de um churrasco com o primo Daniel Antonio Francisco Ferreira, que também morreu.
Após o encontro em família, os três foram a uma adega da região e compraram um gim que acabou vitimando o trio. Cleiton foi encontrado morto em casa. Jhenifer também foi achada desacordada em sua residência, chegou a ser levada ao hospital, mas não resistiu.
Vizinhos chegaram a suspeitar que Cleiton tivesse envenenado Jhenifer. Diante de ameaças, a mãe e a irmã dele deixaram Osasco e se mudaram para Fortaleza (CE) por medo.
Daniel foi o quinto óbito confirmado por intoxicação no estado. Segundo o relato da companheira, Josiellen dos Santos, ele apresentou vômito, tontura e dores nas costas um dia após o churrasco. Os sintomas pioraram durante a noite, e ele foi levado ao pronto-socorro, medicado e liberado com prescrição para tratamento domiciliar, sem que houvesse suspeita de intoxicação por metanol.
Em casa, Daniel continuou reclamando de dores. Durante a madrugada, o quadro se agravou, ele perdeu a visão e foi novamente levado ao hospital, onde ficou internado. Depois, foi transferido para o Hospital Municipal Antônio Giglio, permanecendo internado até 25 de setembro. Na data, sofreu uma parada cardíaca, chegou a ser reanimado, mas morreu.
Décima vítima e investigação em Sorocaba
Felipe Henrique Alves da Silva tinha dois filhos e foi sepultado em 17 de agosto. Segundo informações apuradas pela TV Globo, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) indicou intoxicação por metanol associada ao uso de cocaína. O caso é investigado pela Polícia Civil no Parque Manchester, em Sorocaba, e foi registrado como morte suspeita no Plantão Policial da cidade.
O IML apontou intoxicação por metanol e entorpecente. O documento foi encaminhado à autoridade policial, que segue com as diligências para esclarecer as circunstâncias da morte.
O boletim de ocorrência foi registrado por uma sobrinha de Felipe. No plantão policial, ela relatou que o tio, que trabalhava como pintor, já foi encontrado sem vida pela companheira. A mulher contou à sobrinha que Felipe havia dito que estava passando mal, tomou um remédio e foi dormir. Minutos depois, estava “gelado e sem reação”, segundo o registro policial.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou a morte. A Polícia Civil investiga qual bebida ele consumiu e em que estabelecimento. A sobrinha informou que Felipe tomou uma bebida vendida como “copão” em um bar perto de casa. Não há confirmação se o local chegou a ser interditado.
Em nota, a prefeitura de Sorocaba informou que a cidade teve a confirmação laboratorial do caso nesta terça-feira (25). O jovem apresentou dores de cabeça, náusea e ânsia após consumir bebida alcoólica. O Executivo municipal destacou que a Vigilância Sanitária, com apoio da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal, segue fiscalizando estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas.
Lista de vítimas identificadas
Além de Felipe, outras nove pessoas morreram em decorrência de intoxicação por metanol no estado de São Paulo:
• Ricardo Lopes Mira, de 54 anos, morador da cidade de São Paulo
• Marcos Antônio Jorge Júnior, de 46 anos, morador da cidade de São Paulo
• Marcelo Lombardi, de 45 anos, morador da cidade de São Paulo
• Bruna Araújo, de 30 anos, moradora de São Bernardo do Campo
• Daniel Antonio Francisco Ferreira, de 23 anos, morador de Osasco
• Leonardo Anderson, de 37 anos, morador de Jundiaí
• Cleiton da Silva Conrado, de 25 anos, morador de Osasco
• Rafael Anjos Martins, de 27 anos, morador da cidade de São Paulo
• Jhenifer Carolina dos Santos Gomes, de 27 anos, moradora de Osasco
Casos em investigação e números oficiais
O novo boletim estadual registra 49 casos confirmados de intoxicação por metanol. Oito casos permanecem sob investigação, incluindo cinco mortes: uma em Guariba (paciente de 39 anos), uma em São Vicente (32 anos), uma em São José dos Campos (31 anos) e duas em Cajamar (29 e 38 anos). Ao todo, 516 suspeitas foram descartadas.
O que é o metanol e por que é tão perigoso
O metanol é um tipo de álcool utilizado industrialmente, principalmente em solventes e outros produtos químicos. É altamente perigoso quando ingerido. Inicialmente, ele ataca o fígado, que o transforma em substâncias tóxicas capazes de comprometer a medula, o cérebro e o nervo óptico, podendo causar cegueira, coma e morte.
O consumo de metanol também pode provocar insuficiência pulmonar e renal. A combinação de fácil adulteração de bebidas com alta toxicidade torna o metanol um risco extremo em produtos clandestinos.
Sintomas, prevenção e onde buscar ajuda
O Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo recomenda que bares, empresas e demais estabelecimentos redobrem a atenção quanto à procedência das bebidas oferecidas. A orientação vale, sobretudo, para produtos vendidos a granel, em “copão” ou de marcas desconhecidas.
Os sintomas de intoxicação por metanol podem incluir ataxia (falta de coordenação motora), sedação, desinibição, dor abdominal, náuseas, vômitos, dor de cabeça, taquicardia, convulsões e visão turva, principalmente após ingestão de bebidas de procedência duvidosa.
Em caso de suspeita, é fundamental buscar atendimento médico de emergência. Na cidade de São Paulo, a população pode localizar o serviço de saúde mais próximo pela plataforma https://buscasaude.prefeitura.sp.gov.br/.
O Centro de Controle de Intoxicações (CCI-SP) oferece apoio para diagnóstico e orientação pelos telefones (11) 5012-5311 e 0800 771 3733.
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