Brasil cria 106 mil vagas formais em novembro e registra menor taxa de desemprego da história
Taxa de 6,1% é a menor desde 2012, impulsionada pela criação de empregos no comércio e serviços.
Por Plox
27/12/2024 11h06 - Atualizado há 2 meses
O desemprego no Brasil atingiu o menor nível desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), em 2012. Em novembro de 2024, a taxa ficou em 6,1%, o que representa 6,8 milhões de pessoas sem trabalho, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (27).

Redução consistente ao longo do ano
A taxa de desemprego registrou queda significativa em comparação a períodos anteriores. No trimestre encerrado em novembro, o índice recuou 0,5 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de junho a agosto (6,6%) e 1,4 p.p. frente ao mesmo período de 2023, quando estava em 7,5%.
Esse novo patamar supera o recorde anterior, registrado no trimestre encerrado em outubro de 2024, quando o índice era de 6,2%.
Saldo positivo no Novo Caged
Paralelamente, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, revelou a criação de 106.625 vagas formais em novembro. O resultado é fruto de 1.978.371 admissões contra 1.871.746 desligamentos.
No acumulado do ano, de janeiro a novembro, foram gerados 2.224.102 empregos, enquanto o saldo dos últimos 12 meses (dezembro de 2023 a novembro de 2024) alcançou 1.772.862, um aumento de 22,2% em relação ao período anterior.
Destaques setoriais na geração de empregos
Os setores de comércio e serviços foram os principais responsáveis pelo saldo positivo em novembro:
- Comércio: criação de 94.572 vagas, com destaque para o varejo de artigos de vestuário e acessórios (+21.889), mercadorias gerais (+15.080) e calçados (+10.579).
- Serviços: incremento de 67.717 postos, liderados pelas áreas de informação, comunicação, e atividades financeiras, imobiliárias e administrativas (+40.118); seleção e locação de mão-de-obra (+20.375); e apoio administrativo (+12.238).
Em contrapartida, setores como indústria (-6.678), agropecuária (-18.887) e construção civil (-30.091) apresentaram quedas devido à sazonalidade.
Balanço anual e ganhos salariais
No acumulado de 2024, os serviços despontaram com um aumento de 1.184.652 vagas (+5,36%), seguidos pela indústria (+422.680), comércio (+358.786), construção (+200.613) e agropecuária (+57.436).
As atividades de maior destaque incluem:
- Serviços: áreas de informação e comunicação (+507.680) e administração pública, saúde e educação (+352.873).
- Indústria: fabricação de alimentos (+85.969), veículos automotores (+35.217) e produtos de borracha e plástico (+32.404).
O salário médio real de admissão em novembro foi de R$ 2.152,89, um ganho de R$ 27,34 em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Trabalhadores típicos receberam R$ 2.194,87, enquanto os não típicos tiveram uma média de R$ 1.865,19, o que representa uma diferença de 15,2%.