O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) divulgou uma nova atualização sobre o estado de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), um dia após a cirurgia para correção de hérnia inguinal bilateral realizada no hospital DF Star, em Brasília (DF). Segundo ele, o pós-operatório exige atenção permanente da equipe médica, em meio às restrições impostas pelo regime de prisão na Superintendência Regional da Polícia Federal (PF), também na capital federal.
Carlos Bolsonaro e Jair Bolsonaro
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Em publicação no X (antigo Twitter), Carlos relatou que Bolsonaro fez uma breve caminhada, conforme orientação dos médicos, para reduzir o risco de trombose. O vereador informou ainda que o ex-presidente recebeu suplementação de ferro antes da cirurgia por causa de um quadro de anemia previamente diagnosticado.
Na mensagem, Carlos voltou a mencionar as consequências do atentado a faca sofrido por Jair Bolsonaro em 2018, durante a campanha presidencial. Segundo o vereador, o ex-presidente já passou por oito cirurgias desde então e não possui mais “parede abdominal funcional”, o que ele aponta como fator de risco para o surgimento de novas hérnias e outras complicações, caso não haja acompanhamento médico contínuo.
Ele criticou as condições de recuperação no ambiente prisional, alegando falta de estrutura adequada para atividade física e necessidade de controle rigoroso da alimentação. Para o parlamentar, sem uma dieta regulada e com limitação de exercícios, o quadro clínico do pai tende a se agravar.
Sem uma dieta devidamente regulada e com a limitação de exercícios físicos - já que no ambiente prisional que se encontra não há local adequado para a prática - sua condição clínica tende a se agravar, como ficou evidente neste último episódio.Carlos Bolsonaro
Carlos Bolsonaro também relatou que o ex-presidente segue com episódios persistentes de soluço e permanece sob vigilância contínua da equipe médica. Na próxima segunda-feira (29/12), os profissionais que o acompanham devem avaliar a necessidade de um novo procedimento para tentar amenizar essas crises, o que pode estender o período de internação.
De acordo com a atualização divulgada pelo vereador, até o momento não houve registro de vômitos, o que reduz o risco de broncoaspiração no pós-operatório. Mesmo assim, ele classificou o quadro como “extremamente preocupante”.
A cirurgia de Jair Bolsonaro foi concluída no início da tarde de quinta-feira (25/12), dia de Natal, após cerca de três horas e meia de duração, sem registro de intercorrências. O ex-presidente havia sido internado na véspera para exames e preparo pré-operatório.
O procedimento foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), depois que perícia da Polícia Federal apontou a necessidade da intervenção. Embora classificada como eletiva, a cirurgia foi recomendada para evitar agravamento do quadro e possíveis complicações futuras.
A equipe médica trabalha com a previsão de que Bolsonaro permaneça internado entre cinco e sete dias. O plano de recuperação inclui controle da dor, mobilização progressiva e medidas de prevenção contra trombose e problemas respiratórios.
Jair Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão após condenação pelo Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado. Na decisão que autorizou a internação hospitalar, o ministro Alexandre de Moraes ressaltou que a medida não altera nem interrompe a execução da pena.
