O aumento das temperaturas e das chuvas nesta época do ano tem feito crescer o número de animais peçonhentos em áreas urbanas de Minas Gerais, como escorpiões, aranhas e cobras. O clima quente e úmido favorece a reprodução dessas espécies e, com a água invadindo tocas e terrenos, muitos acabam buscando abrigo dentro das casas.
Entre os animais que mais preocupam nas áreas urbanas está o escorpião
Foto: Divulgação: CBMMG
De acordo com o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, esses animais costumam se esconder em locais escuros e quentes, como ralos, caixas de esgoto, frestas, calçados, roupas, caixas de brinquedos e entulhos. A recomendação é redobrar a atenção, sobretudo em residências com crianças, consideradas mais vulneráveis.
Segundo o porta-voz da corporação, tenente Henrique Barcelos, houve aumento de cerca de 10% nas ocorrências envolvendo animais peçonhentos no estado em comparação com o ano passado. O crescimento é relacionado ao período chuvoso, à elevação das temperaturas e à maior exposição das pessoas em férias e atividades ao ar livre.
O verão, com calor e umidade, é apontado pelos bombeiros como um período especialmente favorável à reprodução desses animais e ao aumento dos registros de acidentes. A circulação mais intensa de pessoas em trilhas, áreas abertas e locais com entulho ou acúmulo de lixo eleva o risco de encontro com espécies venenosas.
Entre os animais que mais preocupam nas cidades está o escorpião, em especial o escorpião-amarelo, considerado um dos mais perigosos. Crianças e idosos integram o grupo com maior risco de complicações em caso de picada, segundo o Corpo de Bombeiros.
O tenente Henrique Barcelos chama a atenção para um comportamento específico do escorpião, que pode se fingir de morto, o que aumenta o risco de manuseio inadequado e acidentes.
O verão, com calor e umidade, é um período favorável à reprodução desses animais. Além disso, há maior circulação de pessoas em trilhas, áreas abertas e locais com entulho ou acúmulo de lixo, o que aumenta o risco de acidentesTenente Henrique Barcelos
Mesmo parado, o animal pode estar vivo e com o veneno ativo. Por isso, a orientação é não tocar, não tentar capturar nem manusear o escorpião ou qualquer outro animal peçonhento.
Para quem vai passar as festas de fim de ano em sítios, chácaras ou zonas rurais, o alerta inclui também cobras e aranhas. Esses animais tendem a procurar locais quentes e protegidos, como roupas, calçados, roupas de cama e cantos de cômodos.
A recomendação é manter camas afastadas das paredes, vedar frestas, ralos e buracos, evitar acúmulo de entulho e sempre verificar roupas e sapatos antes de vesti-los. Medidas simples de prevenção podem reduzir significativamente o risco de acidentes.
Em caso de acidente, a orientação é lavar o local da picada com água corrente, retirar anéis, pulseiras ou calçados que possam apertar a região afetada e procurar atendimento médico imediatamente. Se possível, é importante identificar o animal — observando cor e tamanho ou registrando uma foto à distância — para auxiliar na escolha do soro adequado.
O Corpo de Bombeiros reforça que não se deve tentar capturar o animal e que, em qualquer situação de risco, a população pode acionar o atendimento de emergência pelo telefone 193.
