Em dias de calor intenso, bebês e crianças pequenas exigem atenção redobrada. A desidratação pode evoluir rapidamente e, em casos mais graves, ser fatal, especialmente entre os menores. Por isso, é fundamental que os adultos ofereçam líquidos com frequência e fiquem atentos a sinais de alerta, como boca seca, saliva espessa, sede intensa, urina escura e olhos sem brilho.

Hidratação constante ao longo do dia

Como as crianças nem sempre percebem ou comunicam bem os sintomas de desidratação e estresse térmico, a orientação é manter a oferta de líquidos durante todo o dia. Água, sucos, leite, água de coco, picolés e frutas — com destaque para a melancia, rica em água — ajudam a manter o corpo hidratado.

Em ambientes de exposição ao sol, como praia e parques, a vigilância deve ser ainda maior. Os líquidos precisam ser oferecidos com regularidade, mesmo quando a criança não pede para beber.

Roupas leves ajudam a proteger a pele

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a escolha das roupas faz diferença na proteção contra o calor. A recomendação é vestir as crianças com peças leves, soltinhas e, preferencialmente, de algodão. Esse tipo de tecido favorece a ventilação, ajuda o corpo a dissipar o calor e contribui para prevenir dermatites e irritações causadas pelas altas temperaturas.

Evitar exercícios intensos nas horas mais quentes

Outra orientação é limitar o tempo de brincadeiras ao ar livre sob calor intenso e manter supervisão constante. A Unicef destaca que é importante fazer pausas frequentes: intervalos a cada 30 minutos durante exercícios ou brincadeiras ao ar livre ajudam a reduzir o risco de desidratação e de consequências mais graves para a saúde. A entidade também reforça que bebês e crianças não devem ser deixados em locais fechados e mal ventilados, como carros estacionados ou quartos com janelas fechadas.

Quando buscar atendimento médico

Em dias de calor forte, a Unicef orienta que pais e responsáveis observem com atenção a pele e o comportamento dos bebês, especialmente até os 3 anos. Erupções cutâneas na área das fraldas ou irritações podem, em geral, ser manejadas em casa, mantendo a hidratação adequada e o ambiente arejado.

No entanto, alguns sinais exigem avaliação médica. É recomendado procurar atendimento de saúde se a criança apresentar:

Choro sem lágrimas

Irritabilidade extrema

Redução do número de fraldas molhadas

Vômito ou diarreia

Olhos e/ou testa fundos

Nesses casos, a orientação é não esperar a melhora espontânea e buscar ajuda profissional para evitar o agravamento do quadro de desidratação.