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Café e carne estão no centro das preocupações econômicas para 2025, com projeções de aumentos expressivos nos preços. De acordo com especialistas, os dois itens devem pesar ainda mais no orçamento dos brasileiros, com altas de até 20%, reflexo de fatores como a valorização das commodities no mercado internacional e os impactos climáticos na produção agrícola.
Projeções de aumento: café pode ultrapassar 20%
O café, item essencial na mesa dos brasileiros, já apresenta sinais de escalada nos preços. Em janeiro de 2025, a saca de café arábica de 60 kg alcançou R$ 2.387,85, representando uma alta impressionante de 132% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Segundo o IBGE, o aumento geral no preço do café foi de 39,6% em 2024, e as expectativas para este ano são ainda mais preocupantes. O economista Alexandre Maluf, da XP, acredita que o percentual de alta poderá ultrapassar os 20%.
Luis Otavio Leal, sócio da G5 Partners, também aponta o café como um dos "vilões" do orçamento em 2025, destacando que a demanda interna e as oscilações internacionais colocam pressão sobre os valores do produto.

Carne enfrenta alta global e desafios internos
A carne, outro item essencial na dieta brasileira, registrou um aumento de 20,84% no último ano, de acordo com o IBGE. Em 2025, economistas estimam novos aumentos entre 7,5% e 20%. A alta é atribuída à valorização no mercado externo e à dificuldade de estabilizar os preços internamente.
"Essa deve ser a preocupação. Mexer em preços pode ainda perturbar o mercado, e se preocupar [com alimentos] dessa forma me parece uma preocupação prematura e exagerada com eleição. Não é boa motivação", afirmou Heron do Carmo, professor da Faculdade de Economia e Administração da USP.
Impactos climáticos e mercado internacional
O Ministério do Desenvolvimento Agrário destacou, em nota, que eventos climáticos adversos que afetaram a safra de 2024 e a alta das commodities – como café, açúcar, laranja e carne – no mercado internacional foram fatores determinantes para o aumento dos preços no mercado interno. Sem uma política fiscal mais assertiva, esses desafios tendem a se manter, dificultando a estabilidade econômica.
Especialistas também reforçam que medidas de fortalecimento da confiança dos agentes econômicos, como a apresentação de um resultado primário positivo, podem ajudar a conter a inflação e aliviar os impactos no bolso dos consumidores.