Em discurso na Guiana, Lula prega paz entre países vizinhos

Além de abordar questões ambientais e sociais, um dos focos centrais da viagem de Lula foi intermediar a resolução do conflito territorial entre a Venezuela e a Guiana sobre a região do Essequibo

Por Plox

28/02/2024 19h19 - Atualizado há 5 meses

Durante sua segunda jornada internacional de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcou presença na 46ª Conferência de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom) em Georgetown, capital da Guiana, nesta quarta-feira, 28 de fevereiro. O Brasil, embora não seja membro, recebeu destaque como convidado especial na cúpula que ocorreu de 25 a 28 de fevereiro. Neste encontro, Lula destacou a importância de enfrentar a insegurança alimentar e as mudanças climáticas, assuntos prioritários para o governo brasileiro e pontos críticos para a região caribenha, conforme discutido em fóruns internacionais.

 

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Lula enfatizou a urgência desses desafios, citando o risco que representam para a população caribenha e para o planeta, especialmente para as nações insulares. A conferência também serviu como palco para Lula expressar o engajamento do Brasil na luta global contra a desigualdade, alinhando-se às preocupações dos países do Caribe.

Além de abordar questões ambientais e sociais, um dos focos centrais da viagem de Lula foi intermediar a resolução do conflito territorial entre a Venezuela e a Guiana sobre a região do Essequibo, uma área rica em petróleo e objeto de disputa histórica. Este esforço de mediação ganha relevância no contexto regional, sobretudo após a Venezuela, liderada por Nicolás Maduro, propor um referendo nacional para decidir sobre a questão territorial.

A Caricom, fundada em 1973 e sediada em Georgetown, busca promover a integração e cooperação entre seus 15 membros efetivos e 5 associados, focando no desenvolvimento econômico, político e na segurança regional. A participação de Lula na conferência sublinha o papel do Brasil como ator chave na América Latina e seu compromisso com questões de relevância regional e global.

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