CGU aponta pagamentos indevidos a servidores mortos
Mais de 1,4 mil servidores falecidos ainda recebem benefícios, gerando prejuízo bilionário
Por Plox
28/04/2025 10h09 - Atualizado há cerca de 20 horas
Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) trouxe à tona um grave problema envolvendo os cofres públicos do Brasil: mais de 1.400 servidores que já morreram continuam recebendo benefícios pagos pelo governo federal. A descoberta revelou uma série de pagamentos inconsistentes que, somados, alcançam a marca impressionante de R$ 7,8 bilhões.

De acordo com a CGU, esses valores foram desembolsados de forma irregular ao longo dos últimos anos. A situação evidencia falhas graves nos mecanismos de controle e atualização de informações cadastrais dos servidores públicos.
Os pagamentos identificados envolvem diferentes tipos de benefícios, como pensões, aposentadorias e auxílios, que deveriam ter sido cessados imediatamente após o registro de óbito dos titulares. No entanto, pela falta de cruzamento adequado de dados e fiscalização eficiente, os repasses continuaram sendo realizados.
O relatório da CGU aponta que, além do prejuízo bilionário, há ainda a dificuldade de recuperação desses valores, pois em muitos casos os recursos já foram sacados ou transferidos para contas de terceiros, tornando a rastreabilidade complexa.
O órgão de controle recomenda medidas urgentes para evitar novos casos, como a integração dos bancos de dados dos órgãos públicos com os registros oficiais de óbitos e a realização de auditorias periódicas.
\"A modernização dos sistemas de controle é imprescindível para garantir a eficiência e integridade dos gastos públicos\"
, destacou um dos técnicos da CGU envolvidos na análise.
O governo federal afirmou que irá adotar providências para estancar os pagamentos irregulares e investigar eventuais responsabilidades administrativas e criminais associadas às inconsistências apontadas.
A revelação reforça a necessidade de maior rigor no monitoramento da folha de pagamento pública e de ações preventivas para combater fraudes que drenam recursos essenciais para a administração e para os serviços prestados à população.