Ciclovias de Niterói superam São Paulo e lideram movimento no Brasil

Infraestrutura cicloviária de Niterói bate recordes e serve de exemplo para outras cidades brasileiras e internacionais

Por Plox

28/04/2025 13h32 - Atualizado há 4 dias

A ciclovia da Avenida Marquês do Paraná, em Niterói, conquistou o posto de mais movimentada do Brasil, ultrapassando a tradicional Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo. A informação é da empresa Eco-Counter, especializada na contagem de ciclistas e pedestres.


Imagem Foto: Divulgação


Entre 24 de março de 2024 e 24 de março de 2025, a ciclovia de Niterói contabilizou a passagem de 1.526.807 ciclistas, superando a marca paulista de 1.192.711 usuários no mesmo período. Outra via de Niterói, a Avenida Roberto Silveira, também se destacou, com 1.474.104 ciclistas registrados.



Segundo Filipe Simões, coordenador do projeto Niterói de Bicicleta, o sucesso se deve à formação de uma estrutura de governo composta por ciclistas e ao forte engajamento da população. Em 2015, a Avenida Roberto Silveira recebia cerca de 900 bicicletas por dia; hoje, ultrapassa 8 mil diariamente.



Além do destaque nas ciclovias, Niterói investiu pesado em micromobilidade, aumentando em mais de dez vezes sua rede cicloviária na última década. De 10 km em 2013, a cidade saltou para 86 km de ciclovias, impulsionada pelo Plano Cicloviário Participativo e pela criação do programa Nitbike, que oferece viagens gratuitas por até uma hora.



O sucesso de Niterói inspira cidades brasileiras e internacionais. Bogotá, na Colômbia, por exemplo, é referência com sua Red de Ciclorrutas e políticas públicas voltadas à mobilidade ativa. Paris e Londres também são citadas como exemplos de cidades que priorizaram ciclistas e pedestres, transformando o espaço urbano para uma mobilidade mais sustentável.



Especialistas como Danielle Hoppe, do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP), reforçam a importância de integrar novas formas de transporte leve para melhorar a qualidade de vida urbana e reduzir emissões de carbono. Segundo ela, deslocamentos que dispensam o uso de carros são essenciais para um futuro mais equilibrado e saudável nas cidades.


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