Gerdau paralisa usina de Barão de Cocais e demite mais de 400 funcionários

Nesta segunda-feira (27), a Gerdau anunciou a paralisação das operações na usina de Barão de Cocais, localizada na região Central de Minas Gerais. A decisão resultará na demissão de 487 funcionários.

Em comunicado oficial, a Gerdau explicou que a decisão foi baseada em uma "profunda análise da competitividade da planta, face às condições do mercado de aço no Brasil". A usina será colocada em um estado de "hibernação", com todos os direitos trabalhistas assegurados para os empregados afetados.

A usina de Barão de Cocais iniciou suas atividades em 1988 e foi a primeira unidade da Gerdau em Minas Gerais, com uma capacidade produtiva de 330 mil toneladas de aço por ano. Empregava cerca de mil colaboradores e utilizava fontes renováveis, como carvão vegetal, além de reciclar sucata ferrosa para a produção de aço.

Impacto e justificativas

Segundo a empresa, os elevados custos de matérias-primas e a insuficiência na produção de minério de ferro em Minas Gerais, além da menor atualização tecnológica da usina, comprometeram a competitividade da unidade. "A medida está em linha com o planejamento estratégico da companhia de otimização dos seus ativos," destacou a Gerdau.

A empresa afirmou ainda que buscará realocar o máximo de colaboradores em outras unidades e oferecerá programas de capacitação na área industrial e gestão com foco no empreendedorismo para a comunidade.

Compromisso com os funcionários e a comunidade

A Gerdau garantiu que está empenhada em conduzir o processo de paralisação de maneira humanizada, minimizando o impacto para os funcionários e comunidades vizinhas. A empresa também reafirmou seu compromisso com a manutenção de um diálogo aberto e transparente com todas as partes interessadas, assegurando que o atendimento aos clientes não será afetado.

Confira a nota na íntegra:

A Gerdau confirma que na data de hoje, 27 de maio (segunda-feira), está implementando a hibernação da unidade de Barão de Cocais o que resultará na paralisação da operação na usina. A decisão é resultado de uma profunda análise da competitividade da planta, face às condições do mercado de aço no Brasil.

Os custos elevados de matérias-primas e a insuficiência da produção de minério de ferro próprio, em Minas Gerais, somados à uma estrutura com menor nível de atualização tecnológica da usina, estão afetando diretamente a competitividade da unidade frente ao cenário desafiador do setor. A medida está em linha com o planejamento estratégico da companhia de otimização dos seus ativos.

A companhia está empenhada em conduzir esse processo de forma humanizada para minimizar o impacto para o público interno e comunidades vizinhas. A empresa buscará a realocação do máximo de colaboradores em outras unidades, além de oferecer programas de capacitação na área industrial para os profissionais e gestão com foco no empreendedorismo para a comunidade.

A Gerdau reforça o seu compromisso com os colaboradores, as colaboradoras, a sociedade e segue com a manutenção de um diálogo aberto e transparente com todas as partes interessadas. A Gerdau ressalta ainda que o atendimento aos clientes se manterá inalterado.