Vereador admite colocar laxante em água de colega para tirá-lo de reunião

Carlos Roberto Dias, de Santa Rita do Sapucaí, diz que agiu para que colega parasse de 'pegar no pé'; Câmara abriu sindicância

Por Plox

28/05/2025 08h20 - Atualizado há 2 dias

Um episódio inusitado na Câmara Municipal de Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas Gerais, gerou repercussão nesta semana. O vereador Carlos Roberto Dias (União Brasil), conhecido como “Gato da Corrida”, admitiu, em vídeo que circula nas redes sociais, ter colocado laxante no copo de água destinado ao colega Benedito Ribeiro, o “Dito Pistola” (PL).


Imagem Foto: Reprodução


Segundo Carlos Roberto, o objetivo era fazer com que Dito saísse da reunião e parasse de implicar com ele. “Ele ficava pegando no meu pé, chamando de puxa-saco do prefeito. Então pinguei um pouco de laxante na água dele para ver se dava uma dor de barriga”, disse o vereador no vídeo. Ainda nas imagens, ele negou ter tentado envenenar o colega: “Eles falam que laxante é veneno, é mentira. Eu tomo isso quando bebo muito ou como muito”.


O incidente ocorreu durante uma sessão ordinária no dia 20 de maio. Dito Pistola, após perceber um gosto adocicado na água, desconfiou de possível envenenamento. Sentindo tremores nas mãos, ele acionou a Polícia Militar e registrou boletim de ocorrência.



O documento informa que outros vereadores foram convidados a experimentar a água, incluindo Reinaldo Galinho (Cidadania), Alexandre Dulle (Novo) e o próprio Carlos Roberto. O advogado da Câmara também provou o líquido e confirmou o gosto adocicado. Amostras foram recolhidas e enviadas à perícia da Polícia Civil.


Em nota, a Câmara Municipal afirmou que abriu uma sindicância para apurar os fatos com rigor. Durante as investigações internas, um parlamentar — cujo nome não foi citado, mas que corresponde a Carlos Roberto — admitiu a ação e assumiu total responsabilidade, afirmando se tratar de uma 'brincadeira'.



As imagens do circuito de segurança interno confirmaram os depoimentos. O relatório final da sindicância foi encaminhado à autoridade policial para investigação de possível infração penal. Além disso, a conduta do vereador será analisada pela Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Casa.



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