Zema comemora avanço de PL que equipara facções a terrorismo
Governador de Minas elogia aprovação de urgência do projeto que altera Lei Antiterrorismo e pode ir direto ao Plenário
Por Plox
28/05/2025 08h15 - Atualizado há 16 dias
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), utilizou suas redes sociais para aplaudir uma decisão da Câmara dos Deputados que, segundo ele, representa um verdadeiro 'golaço'. Na última segunda-feira (26), os parlamentares aprovaram o regime de urgência para um projeto de lei que propõe classificar organizações criminosas e milícias como grupos terroristas.

Zema afirmou que o Congresso acertou ao aprovar a urgência da proposta, destacando que o primeiro passo para combater o problema é reconhecer a gravidade da situação: “O primeiro passo para curar uma doença é acertar no diagnóstico. Golaço do Congresso ao aprovar a urgência do projeto que inclui facções na lei antiterrorismo”, escreveu o governador na plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter.
Na mesma publicação, ele ainda provocou os opositores da medida: “Quem defende bandido vai chiar, mas grupos que dominam o território e impõem medo têm nome: terroristas”.
O projeto de lei em questão foi apresentado pelo deputado federal Danilo Forte (União) e, com a aprovação da urgência, poderá ser levado ao Plenário da Câmara a qualquer momento, dispensando a necessidade de passar pelas comissões.
A proposta sugere mudanças na Lei Antiterrorismo, ampliando o conceito do crime para incluir ações que tenham como objetivo impor controle ou domínio sobre áreas territoriais. Atualmente, a legislação prevê penas que variam de 12 a 30 anos de prisão para quem comete atos enquadrados como terrorismo.
O avanço da proposta ocorre em um contexto internacional delicado. Menos de um mês antes, o governo dos Estados Unidos, então sob a liderança de Donald Trump, havia solicitado ao Brasil que classificasse formalmente facções criminosas como organizações terroristas.
Essa movimentação no Congresso Nacional reacende o debate sobre segurança pública e reforça os embates políticos em torno da criminalidade organizada no país.