Preso em Madri ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez
Justiça brasileira havia emitido mandado de prisão contra executivo
Por Plox
28/06/2024 15h01 - Atualizado há 12 meses
O ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, foi detido nesta sexta-feira (28/6) em Madri, na Espanha, pela polícia local. A Justiça brasileira havia emitido um mandado de prisão contra ele na quinta-feira (27/6), levando à sua inclusão na difusão vermelha da Interpol.

Acusações de fraude
Gutierrez é suspeito de envolvimento em fraudes nos balanços da companhia, conforme investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF). Segundo as autoridades, ele teria participado das fraudes "desde o seu planejamento até a publicação dos resultados".
Tentativa de proteção de patrimônio
O inquérito da PF revela que Gutierrez tentou proteger seu patrimônio antes que as fraudes viessem a público. Ele teria transferido imóveis e valores para familiares e enviado dinheiro para paraísos fiscais.
Declaração da Polícia Federal
Em seu pedido de prisões e buscas, a PF destacou que a alta direção da Americanas não "media esforços para enganar o mercado financeiro" através de fraudes contábeis, ocultando dívidas e criando créditos fictícios. Esse esquema garantiu lucros aos diretores enquanto ocultava os resultados negativos da empresa.
Operação Disclosure
A operação que resultou na prisão de Gutierrez, batizada de Operação Disclosure, foi deflagrada na quinta-feira (27/6) contra 14 investigados. Além de Gutierrez, a ex-diretora Anna Christina Ramos Saicali, que está em Portugal, também teve um mandado de prisão emitido contra si e foi incluída na lista de Difusão Vermelha da Interpol.
Defesa de Gutierrez
Em resposta às acusações, a defesa de Miguel Gutierrez afirmou que ele "reitera que jamais participou ou teve conhecimento de qualquer fraude" e que está colaborando com as autoridades, fornecendo os devidos esclarecimentos.