Família de Juliana Marins confirma apoio da Prefeitura de Niterói para translado

Irmã da brasileira morta na Indonésia esclarece quem custeará a repatriação e critica divulgação do laudo sem consentimento

Por Plox

28/06/2025 11h35 - Atualizado há 3 dias

Enquanto ainda aguardam passagens de retorno ao Brasil, os familiares de Juliana Marins, a brasileira que morreu após sofrer uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, decidiram esclarecer algumas dúvidas sobre os procedimentos após a tragédia.


Imagem Foto: Reprodução


Na sexta-feira (27), Mariana Marins, irmã da vítima, revelou que a Prefeitura de Niterói será responsável por arcar com os custos do translado do corpo. Ela destacou o carinho de Juliana pela cidade fluminense, dizendo que a irmã era apaixonada pelas praias de Niterói. Mariana classificou o gesto da prefeitura como uma atitude bonita diante da tragédia vivida pela família.



O sepultamento de Juliana também será realizado em Niterói, e a cerimônia de despedida, segundo informou Mariana, será custeada pela mesma prefeitura. A jovem era moradora da cidade localizada na região metropolitana do Rio de Janeiro.


Além disso, a irmã da brasileira aproveitou para se manifestar contra o comportamento do médico legista Ida Bagus Putu Alit, do Instituto Médico Legal de Bali. Segundo Mariana, o profissional divulgou à imprensa o resultado da autópsia antes mesmo de apresentar o laudo à família.
“Minha família foi chamada no hospital para receber o laudo, porém, antes que eles tivessem acesso a esse laudo, o médico legista achou de bom tom fazer uma coletiva de imprensa pra falar pra todo mundo que estava dando laudo em vez de falar pra família antes. É absurdo atrás de absurdo”,

declarou Mariana nas redes sociais.


De acordo com o laudo apresentado, Juliana sofreu uma lesão torácica grave provocada por forte impacto, resultando em uma intensa hemorragia interna e danos severos aos órgãos respiratórios. O relatório também menciona escoriações em várias partes do corpo, com maior gravidade no peito, além de ferimentos nas costas e membros superiores e inferiores. Ainda segundo o médico, Juliana teria morrido aproximadamente 20 minutos após o ferimento, entre 12 e 24 horas antes da realização da autópsia, e não foram encontrados indícios de hipotermia como causa da morte.


Na mesma sexta-feira, o Diário Oficial da União publicou uma mudança em um decreto que anteriormente impedia o governo federal de financiar translados de brasileiros mortos no exterior. Com a nova redação, a União poderá cobrir esses custos em casos que provoquem comoção pública ou quando as famílias comprovarem dificuldades financeiras. O Ministério das Relações Exteriores confirmou que os recursos já estão disponíveis na embaixada do Brasil em Jacarta.



A família de Juliana ainda tenta lidar com a dor da perda e os trâmites burocráticos para finalmente trazê-la de volta ao país onde será enterrada, cercada por familiares e amigos.


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