Pesquisa Datafolha confirma: maioria dos brasileiros tem nojo do STF

Maioria dos entrevistados expressa vergonha dos ministros do Supremo; rejeição entre eleitores do PL atinge 91%

Por Plox

28/06/2025 10h24 - Atualizado há 1 dia

Durante os dias 10 e 11 de junho, o Instituto Datafolha ouviu 2.004 pessoas em 136 municípios brasileiros para avaliar o sentimento da população em relação a instituições e autoridades nacionais. O levantamento revelou que 58% dos entrevistados sentem vergonha dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto 30% expressaram orgulho.


Imagem Foto: Agência Brasil




"Mais da metade dos brasileiros entrevistados diz ter vergonha dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)", destacou a pesquisa divulgada neste sábado, 28 de junho.

A percepção varia de acordo com a preferência política. Entre os simpatizantes do Partido Liberal (PL), que tem como figura central o ex-presidente Jair Bolsonaro, a desaprovação ao STF é praticamente unânime: 91% relatam vergonha e apenas 5% demonstram orgulho. Já os eleitores que preferem o Partido dos Trabalhadores (PT) apresentam um cenário oposto: 53% sentem orgulho do Supremo, contra 36% que revelam constrangimento.



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também não escapa da crítica popular. A pesquisa apontou que 56% dos brasileiros têm vergonha dele. No caso do Congresso Nacional, o índice é semelhante: 58% para os deputados federais e 59% para os senadores.


Entre os entrevistados que consideram o atual governo ótimo ou bom, 57% demonstram orgulho do STF. Por outro lado, apenas 10% dos que avaliam a gestão como ruim ou péssima compartilham desse sentimento. Quando os dados são separados por religião, observa-se que 66% dos evangélicos têm vergonha do Supremo, enquanto entre os católicos esse número é de 56%. O orgulho alcança 22% e 33%, respectivamente.



A avaliação também incluiu as Forças Armadas. Nesse caso, o prestígio é maior: 55% dos brasileiros demonstram orgulho, enquanto 36% sentem o oposto. O apoio é semelhante tanto entre os eleitores de Lula (52%) quanto entre os de Bolsonaro (54%). A faixa etária com maior aprovação às Forças Armadas está entre os jovens de 16 a 24 anos, com 65%. Já o grupo acima dos 60 anos apresenta a menor taxa de aprovação, com 46%.



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