
Na semana que promete decisões cruciais para a economia global, com a chamada 'superquarta' — quando Brasil e Estados Unidos anunciam suas taxas de juros — e a iminência do 'tarifaço' de Donald Trump contra o Brasil, o cenário interno de projeções econômicas não sofreu alterações.
O Banco Central manteve suas estimativas para a inflação, o Produto Interno Bruto (PIB) e a taxa básica de juros, a Selic. O Relatório Focus apontou estabilidade na mediana para o crescimento da economia brasileira em 2025, que permaneceu em 2,23%. Um mês atrás, essa previsão era de 2,21%. Já entre as 53 projeções mais recentes, feitas nos últimos cinco dias úteis, a expectativa caiu ligeiramente de 2,23% para 2,21%.
Apesar das tensões externas e potenciais impactos sobre empregos, investimentos e exportações causados pelas tarifas de Trump, o Banco Central aumentou sua própria projeção de crescimento para 2025, de 1,9% para 2,1%, segundo o Relatório de Política Monetária do segundo trimestre. O órgão destacou a resiliência da economia, embora admita sinais de moderação no ritmo da atividade.
Para 2026, a estimativa geral do Focus subiu de 1,88% para 1,89%, enquanto as 52 projeções mais recentes indicaram queda de 1,90% para 1,88%. As previsões para 2027 e 2028 permaneceram inalteradas, com o PIB estimado em 2,0% para ambos os anos — marca que já se mantém por 17 e 72 semanas seguidas, respectivamente.
Em relação à Selic, a projeção do mercado para o fim de 2025 também permaneceu estável, em 15%, pela quinta semana consecutiva. O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa a esse nível recentemente e sinalizou que pretende mantê-la assim por um período prolongado. A próxima reunião do Copom está marcada para esta quarta-feira, dia 30.
"Em se confirmando o cenário esperado, o comitê antecipa uma interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado\
Para 2026, a taxa continua estimada em 12,50% — patamar mantido por 26 semanas consecutivas. A mesma taxa aparece nas 84 projeções mais recentes. Para 2027, a mediana permaneceu em 10,50% pela 24ª semana seguida, e, para 2028, em 10% pela 31ª semana consecutiva.
A inflação, medida pelo IPCA, também apresentou poucas alterações. Para 2025, a mediana caiu levemente de 5,10% para 5,09%, sendo a nona redução seguida, mas ainda 0,59 ponto acima do teto da meta de 4,50%. Considerando as 107 estimativas mais recentes, houve uma leve alta de 5,07% para 5,09%.
O Banco Central projeta IPCA de 4,9% para 2025 e 3,6% para 2026, com foco especial no fim do ano que vem, considerado o horizonte relevante da política monetária. A mais recente decisão do Copom elevou a Selic de 14,75% para 15,0%, e confirmou a intenção de interromper novas altas para avaliar os efeitos do aperto monetário já realizado.
Desde este ano, a meta de inflação passou a ser contínua, calculada pelo IPCA acumulado em 12 meses, com centro em 3% e tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Caso a inflação permaneça fora desse intervalo por seis meses seguidos, considera-se que o objetivo não foi alcançado.
Esse cenário já se confirmou após o resultado de junho, divulgado no dia 10, o que levou o Banco Central a publicar uma carta aberta indicando que espera inflação abaixo de 4,50% até o final do primeiro trimestre de 2026.
A projeção do Focus para o IPCA de 2026 caiu de 4,45% para 4,44%, e manteve-se em 4,45% entre as estimativas mais recentes. Para 2027, a taxa ficou em 4,0% pela 23ª semana consecutiva, e para 2028, manteve-se em 3,80%, após ter sido 3,83% no mês anterior.
Apesar do ambiente externo de incertezas e medidas protecionistas por parte dos EUA, as expectativas do mercado e do Banco Central indicam confiança na estabilidade econômica brasileira no médio prazo.
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