Trump confirma tarifaço para 1º de agosto sem prazo de adiamento
Secretário americano diz que alfândega já se prepara para cobrar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros
Por Plox
28/07/2025 07h38 - Atualizado há 5 dias
Em uma declaração firme feita neste domingo (27), o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, confirmou que as tarifas comerciais anunciadas pelo presidente Donald Trump contra produtos brasileiros entrarão em vigor no dia 1º de agosto, sem qualquer possibilidade de adiamento.

“Sem prorrogações, sem mais períodos de carência — em 1º de agosto, as tarifas serão definidas. Elas entrarão em vigor. A Alfândega começará a arrecadar o dinheiro”, afirmou Lutnick, durante entrevista concedida à Fox News.
Apesar da rigidez no cronograma, o secretário destacou que o governo norte-americano continua aberto ao diálogo.
\"As pessoas ainda poderão falar com o presidente Trump. Ele está sempre disposto a ouvir. Se elas poderão fazê-lo feliz ou não é outra questão. Mas ele está sempre disposto a negociar\"
, declarou. No entanto, autoridades brasileiras já demonstraram insatisfação com a ausência de canais efetivos de negociação por parte dos EUA.
O presidente Trump fundamenta sua decisão citando o que considera “ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres” e “violações à liberdade de expressão dos americanos”. Ele descreveu o relacionamento comercial entre os dois países como “injusto” e “longe de ser recíproco”.
Contudo, os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) revelam um cenário oposto ao apontado por Trump. Desde 2009, o Brasil acumula déficits comerciais consecutivos com os Estados Unidos, totalizando um saldo negativo de US$ 88,61 bilhões — algo em torno de R$ 484 bilhões na cotação atual.
No contexto internacional, Lutnick também comentou sobre os acordos comerciais com a União Europeia, afirmando que a retirada da tarifa de 30% sobre produtos europeus dependerá da abertura de mercados para itens norte-americanos.
A confirmação do tarifaço reacende a tensão no cenário diplomático e econômico, colocando o Brasil diante de impactos comerciais significativos e acelerando a mobilização de representantes políticos em busca de uma solução.