Chefe de quadrilha de falsificação de diplomas médicos é presa em Minas Gerais

A suspeita, foragida do Rio de Janeiro, tentou enganar a PRF com uma CNH digital falsa; o esquema vendia diplomas por até R$ 400 mil

Por Plox

28/08/2023 09h19 - Atualizado há mais de 1 ano

Durante uma fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-251, em Montes Claros (MG), a suposta líder de uma quadrilha focada na falsificação de diplomas de medicina foi presa em flagrante. Ela tentou se passar por outra pessoa ao apresentar uma CNH Digital falsa. A veracidade da identidade foi questionada devido às diferenças faciais em comparação com a foto do documento.

A equipe da PRF identificou que a mulher possuía um mandado de prisão pendente, emitido pela 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, devido ao seu suposto envolvimento na liderança do esquema criminoso. Posteriormente, ela foi levada à Delegacia da Polícia Federal em Montes Claros e deverá enfrentar acusações por falsa identidade e participação na quadrilha.

 

 

Foto: PRF / Divulgação

O Intrincado Esquema

A Polícia Federal apurou que falsos médicos estavam dispostos a pagar até R$ 400 mil por diplomas fraudulentos de faculdades de medicina. Pelo menos 65 destes diplomas foram registrados no Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) com documentos adulterados.

Francisco Guarani, delegado da Polícia Federal, em declarações ao "Fantástico", disse que "a investigação conseguiu apontar que de fato existia uma estrutura empresarial nessa venda de diplomas falsos e históricos escolares falsos." A operação criminosa utilizava papel de alta qualidade e imitava o logotipo de universidades brasileiras, sendo a maioria dos registros fraudulentos provenientes da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Em esclarecimento, a UNEB afirmou que "todos os documentos recebidos pelo Cremerj não foram emitidos ou assinados pela universidade e são ilegítimos".

 

Os Falsos Médicos e Suas Ações

Com os documentos falsificados em mãos, os envolvidos se apresentavam como médicos recém-formados e conseguiam empregos, em grande parte em prefeituras municipais. Além disso, para mascarar a fraude, os criminosos chegaram a criar um e-mail falso, utilizado para enviar os diplomas fraudulentos quando os conselhos regionais de medicina solicitavam a devida documentação.

Destaques