Diesel pode ter alta com reoneração prevista para setembro

Com retomada parcial de impostos federais, diesel sofrerá aumento após recente disparada nos preços.

Por Plox

28/08/2023 20h57 - Atualizado há quase 2 anos

Pressionado por recentes reajustes da Petrobras e pelo encarecimento das importações, o diesel está previsto para sofrer um novo aumento em setembro. A retomada parcial da cobrança de impostos federais será responsável por esse repique. De acordo com a MP (medida provisória) que concedeu benefícios fiscais na compra de veículos, o PIS/Cofins do diesel será de R$ 0,11 por litro em setembro e adicional de R$ 0,02 por litro em outubro. Atualmente, esse imposto encontra-se zerado.

 

 

 

 

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Atual Situação do Diesel:

Os últimos eventos colocaram o preço do diesel em uma posição de destaque, com valores nas bombas ultrapassando os R$ 6 por litro - um patamar não visto desde fevereiro. Dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) indicam que, na semana anterior, o litro do diesel S-10 foi comercializado a uma média de R$ 6,05 no país. Este valor reflete um aumento de R$ 0,97 por litro após o reajuste da Petrobras em 16 de agosto. Esse acréscimo foi maior do que a projeção da estatal, um fenômeno também atribuído ao alto custo das importações, que compõem aproximadamente 25% do fornecimento nacional.

 

Fatores Adicionais e Alertas:

O setor de distribuição levantou preocupações com o preço dos Cbios, créditos de carbono para combustíveis, que chegaram a quase R$ 150 em julho, impactando em mais de R$ 0,10 por litro nos preços finais. Além disso, considerando a mistura com biodiesel, o setor prevê um repasse de R$ 0,10 por litro devido à cobrança de PIS/Cofins em setembro.

Em declaração nas redes sociais, Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, sinalizou uma possível nova elevação de preços no mercado internacional de combustíveis. Isso foi em decorrência de um incêndio em uma refinaria nos EUA, que abastece cerca de 5% do mercado local. Prates mencionou que "O impacto no suprimento regional e nas exportações de derivados é incerto", e ressaltou que a Petrobras continuará monitorando a situação para determinar a duração dos efeitos desse incidente.

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