Faustão era 2º da fila de transplantes; saiba como funciona a lista de espera

A gravidade do estado de saúde de Faustão foi um fator determinante para sua priorização

Por Plox

28/08/2023 10h19 - Atualizado há quase 2 anos

O renomado apresentador Fausto Silva passou por um transplante cardíaco no último domingo (27) e encontrava-se na segunda posição prioritária para receber o órgão, conforme informações da Central de Transplantes de São Paulo.

Apesar de ocupar o segundo lugar, Faustão foi contemplado com a oferta do órgão na madrugada de domingo, após a equipe médica do paciente no topo da lista recusar o coração. A gravidade do estado de saúde de Faustão foi um fator determinante para sua priorização na lista, já que o critério para transplantes cardíacos foca majoritariamente na urgência médica do paciente.

Foto: reprodução Band

 

Em nota, a Central de Transplantes informou: "Após análise, 12 pacientes atendiam aos critérios para o recebimento do coração. Dentre estes, quatro eram considerados prioritários, e Fausto Silva estava em segundo lugar". Vale destacar que o apresentador, com tipo sanguíneo B, encontrava-se em um grupo onde a espera pelo transplante pode variar de 1 a 3 meses.

O Hospital Albert Einstein, onde Faustão está internado desde o início de agosto, confirmou o sucesso do procedimento que durou aproximadamente 2h30. "Fausto Silva segue sob cuidados na UTI, com a equipe médica monitorando de perto a adaptação do novo órgão e possíveis sinais de rejeição", menciona o comunicado hospitalar.

Entendendo a fila de transplantes:

O processo de espera por um órgão não distingue pacientes de hospitais públicos dos de rede particular. A priorização ocorre, sobretudo, pela urgência médica: pacientes necessitando de internação contínua e com suporte médico especializado possuem prioridade.

Para entrar na lista, o médico do paciente deve cadastrá-lo na lista única gerenciada pela Secretaria Nacional de Transplantes. A seguir, uma breve explanação do processo:

  1. A fila respeita a ordem de cadastro, mas a gravidade do estado de saúde é preponderante.
  2. O tipo sanguíneo é crucial, sendo obrigatório que doador e receptor compartilhem o mesmo tipo.
  3. Fatores como porte físico do receptor em relação ao doador são considerados.
  4. Distância geográfica é relevante. Um órgão tem um tempo limite, denominado tempo de isquemia, para ser transplantado após a retirada, frequentemente até 4 horas.
  5. Dependendo do tempo de isquemia, diferentes meios de transporte são utilizados, com todos os custos cobertos pelo SUS.
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