Empregos formais superam total de 2023 em apenas oito meses
Brasil cria 188 mil novas vagas em julho e já acumula 1,492 milhão de postos de trabalho em 2024
Por Plox
28/08/2024 15h49 - Atualizado há cerca de 1 mês
O Brasil continua a demonstrar um forte desempenho na criação de empregos formais em 2024, superando em apenas oito meses o total de vagas criadas durante todo o ano de 2023. De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, o país gerou 188.021 novos postos de trabalho com carteira assinada no mês de julho. Esse resultado elevou o número total de vagas formais criadas no ano para 1,492 milhão, superando as 1,458 milhão de vagas geradas nos 12 meses do ano passado.
Série positiva continua com saldo de admissões
O mês de julho marcou o sétimo mês consecutivo em que as contratações superaram as demissões no mercado formal de trabalho. No período, foram registradas 2,18 milhões de admissões contra 1,99 milhão de desligamentos. Em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando foram criadas 142 mil vagas, o resultado de julho de 2024 demonstra um avanço significativo na geração de empregos.
Vínculos celetistas atingem recorde histórico
Outro dado relevante divulgado pelo Caged foi o estoque nacional de vínculos celetistas ativos, que ao final do primeiro semestre de 2024 atingiu a marca de 17 milhões. Esse número representa um crescimento de 13% em relação ao mesmo período de 2023 e é o maior registrado na série histórica do Novo Caged, que teve início em 2020.
Ministro do Trabalho já previa resultados positivos
Luiz Marinho, Ministro do Trabalho e Emprego, já havia antecipado que os números de julho seriam fortes para o mercado de trabalho formal. Durante um evento realizado no Rio de Janeiro na última segunda-feira, o ministro mencionou que os resultados refletiam a continuidade da recuperação econômica e da geração de empregos no país.
Entendendo o Caged
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) é um indicador crucial para o monitoramento do mercado formal de trabalho no Brasil. Ele é divulgado mensalmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego e baseia-se em relatórios enviados pelas empresas, detalhando as contratações e demissões com carteira assinada. Desde 2020, as informações do Caged são coletadas pelo sistema eSocial, que unifica os dados de trabalhadores e empresas, substituindo o antigo modelo de coleta e inaugurando o Novo Caged.
Caged x Pnad: diferenças metodológicas
Embora tanto o Caged quanto a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE forneçam informações sobre o mercado de trabalho, suas metodologias e objetivos diferem. Enquanto o Caged foca especificamente no mercado formal, registrando admissões e demissões de trabalhadores com carteira assinada, a Pnad oferece uma visão mais ampla, incluindo também o mercado informal e medindo o nível de desemprego. A Pnad é baseada em um levantamento trimestral e oferece uma análise mais abrangente do movimento no mercado de trabalho como um todo.