Policial civil mata jovem com tiro na cabeça
O agente alegou que a vítima tentou pegar sua arma, mas testemunhas relataram que o disparo foi sem motivo aparente
Por Plox
28/08/2024 07h34 - Atualizado há 5 meses
O policial civil Alex Gonçalves de Queiroz, de 47 anos, foi preso em flagrante após atirar na cabeça de Herbert Kayke, de 19 anos, durante uma conversa em um bar localizado na Avenida Dona Belmira Marin, na zona sul de São Paulo. O homicídio, classificado como qualificado por motivo fútil, ocorreu por volta das 22h40 do último sábado (24/8).
Depoimento de testemunhas
Em depoimento à Corregedoria da Polícia Civil paulista, obtido pelo Metrópoles, uma testemunha que conversava com o policial e com a vítima relatou que, durante a conversa, Herbert Kayke, natural de Manaíra, na Paraíba, manifestou o desejo de se tornar policial militar e demonstrou admiração por Alex. Em resposta, e sem motivo aparente, Alex teria dito que Kayke "não entenderia nada de polícia", sacou sua arma e disparou um tiro na cabeça do jovem.
Versão do policial e chegada da PM
A Polícia Militar foi acionada e, ao chegarem ao local, os policiais se depararam com Alex na porta do bar, desarmado. Questionado pelos PMs, Alex alegou que Herbert havia tentado pegar sua arma, resultando em um disparo acidental. No entanto, a versão do policial foi contestada pelas testemunhas presentes.
Dentro do bar, os policiais encontraram Herbert Kayke caído no chão com um ferimento na cabeça e uma pistola Glock ao seu lado, que foi apreendida para a investigação.
Prisão e investigação
Uma testemunha confirmou aos PMs que o policial civil, "por besteira", durante a conversa informal, havia atirado na cabeça de Herbert. Após o incidente, Alex foi preso e, antes de ser levado à delegacia, solicitou a presença de seu superior, o delegado do 101º Distrito Policial, onde trabalha. O delegado acompanhou Alex até o 85º Distrito Policial, localizado no Jardim Miriam, onde a Corregedoria da Polícia Civil foi chamada para assumir o caso.
O policial civil Alex Gonçalves de Queiroz está detido, e as investigações seguem para esclarecer os motivos e circunstâncias do homicídio, enquanto a Corregedoria conduz a apuração sobre a conduta do agente envolvido.