Menino de 6 anos morre após tomar medicação em UPA de Minas Gerais
Família acusa negligência médica após morte de Nicolas Gabriel; prefeitura do município afirma que apuração será rigorosa
Por Plox
28/08/2025 06h39 - Atualizado há 7 dias
Nicolas Gabriel Brito Figueiredo, de apenas seis anos, morreu na tarde desta quarta-feira (27), após ser atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Hospital Municipal Madalena Parrillo Calixto, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo familiares, o garoto foi levado à unidade pela mãe com sintomas de dor abdominal, vômito, febre e dor de garganta. Ainda de acordo com a família, apesar de não apresentar sinais de gravidade, o menino recebeu medicação e foi liberado. Pouco tempo depois, teve uma reação grave e não resistiu.
A avó da criança contou que ele foi medicado com dipirona, benzetacil e glicose. Após a alta, já fora da unidade, Nicolas passou mal, gritou e começou a se debater. Populares ajudaram a levá-lo de volta à UPA, onde chegou em estado convulsivo e sofreu uma parada cardiorrespiratória.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, o médico responsável levantou a hipótese de uma reação alérgica aos medicamentos. Ele afirmou aos pais que o garoto sofreu duas paradas cardiorrespiratórias e não resistiu, apesar das tentativas de reanimação.
A perícia esteve no local e o corpo de Nicolas foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). A família e a equipe médica prestaram depoimentos na delegacia.
Após a confirmação da morte, familiares revoltados teriam danificado parte da estrutura da UPA, segundo consta no boletim. Foram encontradas avarias em vidraças e paredes, mas os autores dos danos não foram identificados.
Em nota oficial, a Prefeitura de Santa Luzia lamentou a morte da criança e garantiu que será realizada uma apuração minuciosa do caso. Segundo o comunicado, Nicolas permaneceu cerca de duas horas em observação, recebeu alta após melhora clínica, mas retornou em estado grave.
A administração municipal afirmou que não há indícios de negligência ou imperícia no atendimento, mas que os protocolos e prontuários serão analisados com rigor.
A prefeitura reforçou seu compromisso com a ética, a transparência e a vida, prometendo tomar todas as medidas necessárias para esclarecer os fatos e prestar apoio à família da vítima.